Os Estados Unidos interromperam o uso de aeronaves militares para deportação de migrantes devido a altos custos e ineficiências, segundo autoridades de defesa citadas pelo Wall Street Journal. O último voo ocorreu em 1º de março, e não há novas operações programadas.
Originalmente adotado sob as rígidas políticas de imigração do governo Trump, o uso de voos militares visava reforçar a repressão às entradas irregulares, conforme declarou o secretário de Defesa, Pete Hegseth.
A mensagem é clara: se você infringir a lei, se for um criminoso, poderá encontrar seu caminho na Baía de Guantánamo — afirmou Hegseth na semana passada depois de ver os imigrantes chegarem em uma aeronave C-130 da Força Aérea dos EUA durante uma visita à Baía de Guantánamo. — Você não quer estar na Baía de Guantánamo.
MAIS DE 40 VOOS REALIZADOS
Desde janeiro, o governo realizou cerca de 42 voos de deportação com aviões militares C-17 e C-130 para países como Índia, Guatemala, Equador, Peru, Honduras e Panamá, além da Baía de Guantánamo. No entanto, os custos são altos, com voos para a Índia chegando a US$ 3 milhões cada e alguns para Guantánamo custando até US$ 20 mil por migrante.
Os voos padrão do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) em aeronaves civis custam entre US$ 8.500 e US$ 17 mil por hora, enquanto os voos com aeronaves militares C-17 custam US$ 28.500 por hora. Além disso, as restrições no México aumentaram o tempo e os custos de viagem.