O passagem do tufão Kalmaegi já deixou pelo menos 142 mortos e mais de 100 desaparecidos no centro das Filipinas. Segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (06/11) a tempestade vem provocando inundações devastadoras. A Defesa Civil do país confirmou 114 mortes reportadas, mas esse número não inclui outras 28 mortes registradas pelas autoridades provinciais de Cebu.
As inundações consideradas sem precedentes afetaram povoados e cidades de Cebu esta semana, onde arrastaram veículos, barracos e enormes contêineres de transporte. Depois de deixar o território filipino, Kalmaegi ganhou força enquanto seguiu rumo ao Vietnã, onde há o temor de que toque o solo ainda na noite desta quinta.
Já em Liloan, um povoado perto da cidade de Cebu onde 35 corpos foram retirados das zonas inundadas, jornalistas da AFP viram carros empilhados um sobre o outro e telhados arrancados de edifícios, cujos moradores tentavam remover a lama.
Devastação causada pelo tufão Kalmaegi nas Filipinas (Foto: Reprodução)
Uma mulher com necessidades especiais foi uma das vítimas em tufão, ao ficar presa em um quarto quando sua casa foi inundada. “Tentamos abrir [a porta de seu quarto] com uma faca e uma alavanca, mas ela não cedeu. Depois, a geladeira começou a boiar”, contou Christine Aton, irmã da vítima.
“Abri a janela e meu pai e eu saímos a nado. Choramos porque queríamos salvar minha irmã mais velha”, disse a mulher, de 29 anos.
Na ilha vizinha de Negros, onde morreram pelo menos 30 pessoas, a chuva causada pelo tufão provocou um deslizamento de um vulcão que soterrou casas na cidade de Canlaon. As tempestades têm-se tornado mais potentes devido à mudança climática, advertem os cientistas.
Os oceanos mais quentes fazem com que os tufões se fortaleçam rapidamente, e uma atmosfera mais quente retém mais umidade e provoca chuvas mais intensas.