Na madrugada desta terça-feira (11), a Ucrânia realizou o maior ataque de drones contra Moscou desde o início da guerra, há mais de três anos. O bombardeio deixou ao menos dois mortos e três feridos, causando incêndios e a suspensão temporária das operações em quatro aeroportos da capital russa.
"Hoje, às 4 da manhã, começou um ataque massivo de drones a Moscou e região", disse o governador da região de Moscou, Andrei Vorobyov, em uma publicação no aplicativo de mensagens Telegram. "Até o momento, sabe-se que uma pessoa morreu e três ficaram feridas."
O Ministério da Defesa da Rússia informou que a defesa aérea abateu 337 drones ucranianos durante a noite, incluindo 91 na região de Moscou. O prefeito Sergei Sobyanin afirmou que 69 foram destruídos ao se aproximarem da capital.
O ataque ocorreu horas antes de uma reunião entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Arábia Saudita para discutir um cessar-fogo.
Mídias russas compartilharam imagens nas redes sociais mostrando prédios residenciais atingidos por drones, com janelas quebradas e buracos nos telhados. Moscou e sua região metropolitana, com cerca de 21 milhões de habitantes, é uma das maiores da Europa, ao lado de Istambul.
Transportes suspensos
O regulador de aviação da Rússia suspendeu os voos em quatro aeroportos de Moscou e em dois outros nas regiões de Yaroslavl e Nizhny Novgorod por segurança, mas as operações foram retomadas posteriormente.
O governador Vorobyov informou que sete apartamentos foram danificados, forçando evacuações no distrito de Ramenskoye, e que destroços de drones afetaram a infraestrutura ferroviária em Domodedovo.
Canais de notícias russos divulgaram vídeos de incêndios residenciais causados pelos ataques. Já os governadores de Ryazan e Belgorod relataram ataques de drones, com cortes de energia em partes da região de Belgorod.