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Justiça nega indenização a empresário que denunciou abusos de Pablo Marçal

Empresário relatou ter passado por treinos extremos, ofensas verbais e desafios perigosos, como montar uma jangada de PVC para atravessar um lago com cobras e arame farpado.

Influencer Pablo Marçal | Foto: Reprodução
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 ⚖️A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de indenização de R$ 200 mil feito pelo empresário Luiz Gabriel Godoy, que alegou ter sofrido humilhações e agressões físicas durante sua participação no reality show "La Casa Digital", promovido pelo influenciador Pablo Marçal.

O que aconteceu

Godoy participou da terceira edição do programa em maio de 2024, realizada em uma fazenda em Itu (SP) e transmitida no canal do influenciador no YouTube. O reality promete “destravar habilidades” e ensinar os 36 participantes a ganhar dinheiro no mercado digital em um confinamento de sete dias.

Queixas

Na ação, o empresário relatou ter passado por treinos extremos, ofensas verbais e desafios perigosos, como montar uma jangada de PVC para atravessar um lago com cobras e arame farpado, tudo sem colete salva-vidas ou suporte médico no local. Segundo ele, o objetivo era criar uma suposta experiência de "desbloqueio mental".

Advogado

Godoy também disse ter sofrido agressões físicas, como socos na barriga, tapas no peito e empurrões, além de ter ouvido frases como "você é um bosta" e "não deveria estar aqui". O advogado Matheus Carvalho relatou à Justiça que seu cliente teve a camiseta rasgada por um dos organizadores, que o teria humilhado dizendo: “vou te mostrar o que acontece com gente como você”.

Defesa

Em sua defesa, Pablo Marçal afirmou que todos os participantes aceitaram voluntariamente as regras do programa e assinaram contratos claros, com explicações sobre o conteúdo e as condições do confinamento. Ele alegou que nenhuma informação foi omitida e que todos os protocolos de segurança foram seguidos pela produção.

O que disse Marçal

O influenciador também apontou que, ao longo do reality, os próprios participantes – inclusive Godoy – deram depoimentos positivos sobre a experiência, agradecendo pela oportunidade de transformação pessoal. “Curioso que só ele tenha se sentido lesado”, destacou a defesa.

Decisão

A juíza Juliana Maria Finati, da comarca de Serra Negra, concluiu que não houve ato ilícito por parte de Marçal, considerando que o empresário, "jovem, empresário e habituado às redes sociais", aceitou participar de forma consciente e assinou contrato com plena ciência do conteúdo. Apesar da decisão, Godoy já recorreu à instância superior. (Com informações da Folha)

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