Lava-Jato: MPF deve pedir arquivamento de investigação contra Lula

Ex-presidente é investigado por obstrução da operação Lava-Jato

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O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça, nesta terça-feira (11), um pedido pelo arquivamento da investigação interna aberta para apurar a suposta tentativa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de obstruir o andamento da Operação Lava Jato.

No pedido do MPF, o procurador Ivan Marx sustenta que não há provas da "existência de real tentativa de embaraço às investigações". Essa investigação contra Lula foi aberta com base no depoimento do ex-senador Delcídio do Amaral, dado por meio de delação premiada. Para o procurador, o ex-senador teria usado o nome do ex-presidente para fechar o acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Ressalte-se não se estar aqui adiantando a responsabilidade ou não do ex-presidente naquele processo, mas apenas demonstrar o quanto a citação de seu nome, ainda que desprovida de provas em determinados casos, pode ter importado para o fechamento do acordo de Delcídio do Amaral, inclusive no que se refere à amplitude dos benefícios recebidos”, disse Marx.

Nos depoimentos de delação, Delcídio declarou que teria participado de uma reunião, convocada pelo ex-presidente petista, em 2015, juntamente com os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Edison Lobão (PMDB-MA), para traçar estratégias para barrar as investigações da Lava Jato. 

Análise de Ivan Marx

Ao analisar o caso, o procurador entendeu que não foram encontradas provas da suposta reunião, mesmo após a oitiva dos senadores que teriam participado dela.

“No presente caso, não havendo nenhuma corroboração para a versão apresentada pelo delator, e nem mesmo a possibilidade de buscá-la por outros meios, o arquivamento dos autos é medida que se impõe. No caso, não há que se falar na prática de crime ou de ato de improbidade”, entendeu o procurador.

O arquivamento da investigação contra Lula será decidido pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília.



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