Maior sucuri do mundo é descoberta na Amazônia, com 8 metros e 200 quilos

A nova espécie foi batizada com o nome latino Eunectes akayima, a “anaconda verde do norte”

Maior sucuri do mundo é descoberta na Amazônia, com 8 metros e 200 quilos | Imagem: Reprodução/Instagram
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Na região norte da América do Sul, na Amazônia, cientistas anunciaram a descoberta da maior cobra já registrada: uma nova espécie de sucuri, medindo quase oito metros de comprimento e pesando cerca de 200 quilos. Esta nova variante da sucuri-verde, também conhecida como anaconda verde, foi revelada pelo apresentador de TV Professor Freek Vonk, durante uma nova série documental sobre a vida selvagem, na qual ele estava acompanhado por um grupo de especialistas. Descrita como tão grossa quanto um pneu de carro e com uma cabeça do tamanho de um ser humano, esta cobra impressionante deixou os pesquisadores maravilhados com sua imponência. 

"Ela é como um monstro, parece um ser mitológico", afirmou o professor, que também é cientista. Até ao momento, apenas uma espécie de sucuri-verde havia sido reconhecida na Amazônia, e seu tamanho chegava a, no máximo, sete metros de comprimento. Vonk fez um post revelando a novidade em seu perfil no Instagram, na segunda-feira (19). A espécie foi apresentada em um estudo publicado na sexta-feira (16) na revista científica Diversity.

"Descobrimos que a maior espécie de cobra do mundo, a anaconda verde -como todos a conhecemos pelos filmes e por todas as histórias sobre cobras gigantes- corresponde, na verdade, a duas espécies diferentes", disse Freek Vonk, apresentador e cientista.

Segundo o professor, renomado por seus programas de TV sobre vida selvagem, as anacondas-verdes que habitam regiões ao norte de sua distribuição na América do Sul parecem pertencer a uma espécie totalmente distinta. Isso significa que a população de anacondas-verdes no norte da bacia do Orinoco (Equador, Colômbia, Venezuela, Trinidad, Guiana, Suriname) constitui uma espécie separada, claramente diferente daquelas encontradas ao sul (Peru, Colômbia, Bolívia e Brasil). Somente na Guiana Francesa parece haver coexistência entre as duas espécies. No entanto, a localização específica da cobra gigante mencionada no estudo não foi detalhada.

Embora pareçam quase idênticas à primeira vista, a diferença genética entre as sucuris do norte e as do sul é de 5,5%, o que é muito significativo. Como exemplo, ele cita que humanos e chimpanzés possuem uma diferença genética de 2%. Os pesquisadores coletaram amostras de sangue e tecido de sucuris verdes no Equador, Venezuela e Brasil, em um processo documentado exclusivamente pela NatGeo (National Geographic para sua próxima série da Disney+, Pole to Pole With Will Smith, explicou Bryan Fry , explorador da NatGeo, biólogo da Universidade de Queensland, na Austrália, e coautor do novo estudo.

A nova espécie foi batizada com o nome latino Eunectes akayima, a "anaconda verde do norte". A palavra "akayima" vem de diversas línguas indígenas do norte da América do Sul e significa "grande cobra". Apesar de recém-descoberta, a nova espécie já está sob ameaça. "A região amazônica está sob forte pressão devido às mudanças climáticas e ao desmatamento contínuo. Mais de um quinto da Amazônia já desapareceu, o que representa mais de 30 vezes a área dos Países Baixos. A sobrevivência destas cobras gigantes está intimamente ligada à proteção do seu habitat natural", apontou Vonk.

(Com informações da FolhaPress/UOL)

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