Aos 25 anos e apenas quatro anos após concluir a faculdade de Direito, a mineira Luísa Militão Vicente Barroso fez história ao se tornar a juíza federal mais jovem em atuação no Brasil, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela assumiu o posto no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, no final do ano passado.
HISTÓRIA
Aos 16 anos, deixou sua cidade natal, Inhapim, região leste de Minas Gerais, para cursar o ensino médio no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (Coluni/UFV), onde permaneceu até se graduar em Direito pela UFV. Antes mesmo de almejar o TRF1, foi aprovada para cargos como promotora de justiça no Ministério Público da Bahia e defensora pública em Minas Gerais.
OITO HORAS DE ESTUDO
Resultados adversos em etapas de seleções para o Tribunal de Justiça de São Paulo e a Polícia Civil de Minas Gerais serviram como ponto de inflexão, levando Luísa a repensar e ajustar sua metodologia de preparação. Foi então que adotou uma rotina rigorosa: oito horas "líquidas" de estudo diário, mesclando videoaulas e leituras de segunda a sexta, e dedicando os fins de semana a simulados.
Em uma postagem em seu perfil do Instagram, ela detalhou sua trajetória e frisou:
Penso que esse seja o limite de um estudo saudável, de uma trajetória leve.
Para ela, o sucesso é fruto direto do esforço contínuo, um princípio alinhado ao lema da UFV – "Estudar, saber, agir e vencer" – que ela diz carregar "como uma estrela guia". "Nunca tive ambições de conquistar qualquer coisa que fosse sem estudo e trabalho árduo", afirma, sublinhando que sua dedicação é um processo de longa data.