Mulheres com câncer, residentes em Teresina, serão beneficiadas com residências adaptadas às suas necessidades, através do Programa Minha Casa, Minha Vida. Nessa primeira etapa serão entre 50 e 70 residências voltadas para essa parcela da população.
A presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Carmem Lúcia Rocha, conta que essa necessidade surgiu da exigência que se faz às mulheres que precisam realizar transplante.
"Para ser transplantada, a mulher precisa ter uma moradia digna, com as condições mínimas de higiene, como esgotamento sanitário, não ser de taipa. A casa precisa estar em boas condições para não oferecer riscos de infecção à paciente", disse.
Antes, essas residências eram construídas pela Rede Feminina de Combate ao Câncer, por meio de doações, mas com o tempo, o número de mulheres que passaram a necessitar dessas residências ultrapassou as condições da Rede. Com isso, foi definida a parceria com a Caixa Econômica Federal.
Na última terça-feira (13) foi realizada uma assembleia para definir os critérios das mulheres que terão direito a fazer parte do programa. A principio, elas precisarão ter o laudo que comprove que são pacientes oncológicas.
Além dos critérios adicionais, voltados especificamente para mulheres com câncer, elas precisarão ainda obedecer aos critérios nacionais, como ter uma renda mensal que não ultrapasse os R$ 1.600, não estar participando de nenhum outro programa de habitação, morar em áreas insalubres ou de risco, dentre outros.
O residencial deverá ser construído na região do Vale do Gavião, na zona Leste de Teresina. Segundo dados da Rede Feminina de Combate ao Câncer, hoje existem pelo menos 50 mulheres precisando dessas residências.
"Esse é o número de mulheres que estão nos nossos cadastros, mas sabemos que essa quantidade é bastante superior. Além disso, nem todas as cadastradas na Rede Feminina de Combate ao Câncer estão dentro dos critérios nacionais do programa.
Mas queremos que pelo menos algumas delas sejam contempladas, porque aí fica mais fácil conseguir residências adequadas para as outras", afirmou Carmem Lúcia.