Ministro assina cota para filmes após polêmica com Vingadores

A decisão vem no rescaldo da controvérsia envolvendo a estreia de “Vingadores: Ultimato”, que ocupou mais de 80% das salas em sua estreia, no fim do mês passado.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, assinou nesta segunda (6) a cota de tela, isto é, a regra que obriga cinemas brasileiros a exibirem um percentual de filmes nacionais todo ano. A decisão vem no rescaldo da controvérsia envolvendo a estreia de "Vingadores: Ultimato", que ocupou mais de 80% das salas em sua estreia, no fim do mês passado. 

Ilustração: Divulgação

A assessoria do ministro confirmou a assinatura da cota, mas não informou quais serão os seus valores, isto é, qual será o número mínimo de dias em que as salas do país serão obrigadas a exibir produções locais. A regra deve ser publicada no Diário Oficial da União ainda nesta semana.

Membros ligados ao setor calculam que os valores devem seguir os do ano passado. Nesse caso, o que valerá é a regra de que complexos de uma sala deverão exibir produções locais por 28 dias no ano, no mínimo. E a quantidade de títulos brasileiros também aumenta progressivamente até chegar a 24, no caso de complexos com 16 salas ou mais.

Sempre no mês de dezembro um decreto é publicado discriminando os valores da cota que terão de ser observados no ano seguinte. Regulada por uma medida provisória de 2001 e válida por 20 anos, a regra determina multa de 5% sobre a receita bruta média diária da sala para cada dia que descumprir essa estipulação.

Em 2018, contudo, o decreto deixou de ser publicado, o que permitiu que blockbusters estrangeiros, como "Vingadores: Ultimato", estreassem no Brasil em porcentagens recordes. O filme nacional "De Pernas pro Ar 3", por exemplo, foi tirado de cartaz em diversos cinemas a despeito dos seus resultados. 

Na última sexta (3), a controvérsia envolvendo o lançamento do filme de super-herói fez com que a Ancine (Agência Nacional do Cinema) convocasse uma reunião com exibidores para tratar do tema. 

O encontro, contudo, ficou mais notabilizado por um bate boca entre o produtor cinematográfico Luiz Carlos Barreto e o presidente da agência, Christian de Castro, envolvido num imbróglio com o Tribunal de Contas da União.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES