Modernização da saúde coloca Teresina em posição de destaque

Em 6 meses foram realizados 455 procedimentos complexos

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A aquisição de um moderno equipamento de hemodinâmica - relacionado à circulação sanguínea - no Hospital Getúlio Vargas (HGV), proporcionou ao Hospital o aumento no número de procedimentos de alta complexidade, voltados ao tratamento de doenças endovasculares.

Segundo os dados do Datasus, o maior número de embolizações para aneurismas cerebrais pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, em 2014, foi feito no HGV.

Nos primeiros seis meses deste ano, o Serviço de Hemodinâmica do HGV realizou 455 procedimentos de alta complexidade, nas áreas de neurologia e cardiovascular. Esse total corresponde a um aumento de 51% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 301 atendimentos.

Foram procedimentos de arteriografia, angioplastia, cateterismo, implante de veia cava, alcoolização (tratamento para má formação vascular) e embolização de aneurisma para colocação de stent, processo cirúrgico no qual o HGV é pioneiro na rede pública de saúde do Estado.

De acordo com o neurologista Daniel França, os dados do Datasus revelam que o maior número de embolizações para aneurismas cerebrais feitos pelo SUS no Brasil, foram realizados no HGV.

“A cidade que mais operou, que mais tratou aneurisma cerebrais deste tipo foi Recife (164 procedimentos), em segundo lugar Teresina, empatada com a cidade de São Paulo, que realizaram 159 procedimentos”, comenta o neurologista Daniel França.

O serviço oferecido, voltado ao tratamento de doenças endovasculares, permite um procedimento mais simplificado, menos invasivo e traumático para o paciente, conhecido como embolização.

Os equipamentos e a estrutura física custaram em torno de R$ 2 milhões de reais e proporcionaram uma economia para o HGV, porque, antes, todos esses exames e procedimentos eram terceirizados pelo SUS.

O serviço, inaugurado em março de 2011, conta com uma equipe médica formada por seis cirurgiões vasculares, dois neurocirurgiões, três cardiologistas e oito anestesistas. Além de enfermeiros, tecnólogos e técnicos de enfermagem e de radiologia.

Com embolização, médicos operam 5 vezes mais

Dados protocolados no HGV, em 29 de dezembro do ano passado, revelam a diferença da quantidade de atendimentos realizados antes e depois da implantação do serviço de embolização.

Segundo o neurologista Daniel França, foi feita uma comparação de dois momentos, em novembro de 2011, quando o Hospital ainda não tinha o serviço de embolização, só tratava aneurisma cerebral de cabeça aberta, e novembro de 2014, após a inauguração do serviço.

Em novembro de 2011 foram tratados 25 pacientes neurocirúrgicos no HGV, sendo 20 aneurismas cerebrais e cinco outras patologias, como coluna, hidrocefalia, tumores, etc. Já em novembro de 2014 foram tratados 26 aneurismas cerebrais, sendo 25 por via endovascular, um por via aberta e ainda foram feitas 23 cirurgias outras.

"Antes de começarmos a fazer as embolizações, operamos quatro doenças que não eram aneurismas, já em novembro de 2014 operamos cinco vezes mais, por causa das embolizações, que possibilitou a otimização do volume de atendimentos, que também passaram a ser mais eficientes e seguros", destaca o médico, ao frisar que este atendimento tem dado certo graças a um esforço diário da direção do hospital e da secretaria de saúde.

"Este tratamento de vanguarda, de Primeiro Mundo, é bom para o paciente e é bom para o hospital, apesar de ter um custo elevado a princípio. Mas a direção entendeu isso e tem se colocado como parceira do serviço neurocirúrgico dos pacientes, no sentido de cobrar da secretaria de saúde a viabilização deste tipo de procedimento", conta Daniel França.

A maioria dos aneurismas que precisam ser tratados pelo SUS vão para o HGV, isso representa um número muito grande. "Não tem nenhum mês em que tenhamos tratado menos de 10 pacientes e temos conseguido fazer mais da metade dessas cirurgias com anestesia local", afirma o médico.

Além disso, os pacientes têm ficado um dia ou, no máximo dois, na UTI. "Tenho pacientes que nem foram para a UTI, outros que passaram menos de 24h, outros 12h. O tempo de internação reduz muito e, até agora, não houve nenhuma infecção relacionada ao sitio cirúrgico", completa o neurologista.

Ações otimizam volume de procedimentos cirúrgicos

Outros serviços também têm melhorado o atendimento à população do Piauí. Há um mês, para otimizar o volume de procedimentos cirúrgicos em diferentes especialidades, o centro cirúrgico do HGV passou a funcionar regularmente aos sábados. No total, a medida já beneficiou 73 pessoas nas áreas de ortopedia, otorrinolaringologia e cirurgia geral.

Segundo Clara Leal, diretora geral do HGV, o funcionamento do Centro Cirúrgico aos sábados tem por objetivo reduzir a fila de espera de pacientes com indicação cirúrgica do Ambulatório Integrado, urgência e hospitais do interior. "Com apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), estamos empenhados em diminuir esse número cada vez mais", completa Clara Leal.



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