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Mulheres representam 57% dos classificados para segunda fase do CNU 2025

Política afirmativa de equidade de gênero aplicada pelo Ministério da Gestão garantiu aumento da participação feminina na segunda etapa do Concurso Nacional.

Mulheres representam 57% dos classificados no CNU 2025 | Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgaram, nesta quarta-feira (12), que 57,12% dos candidatos classificados para a segunda fase do Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2) são mulheres. Do total de 42.499 pessoas aptas para a prova discursiva, marcada para 7 de dezembro, 24.275 são mulheres e 18.217 são homens.

O resultado reflete a adoção de uma política afirmativa voltada à equidade de gênero, implementada nesta segunda edição do certame. O mecanismo garante a equiparação entre o número de mulheres e homens classificados para a segunda fase em cada cargo e modalidade da seleção, desde que as candidatas tenham alcançado o número mínimo de acertos exigido no edital.

Segundo o MGI, sem a medida afirmativa, o percentual de classificadas seria de 49,4% de mulheres e 50,6% de homens. Com a nova regra, foram convocadas candidatas adicionais nos casos em que o número de mulheres aprovadas na prova objetiva foi inferior a 50%.

Confira no gráfico a distribuição por blocos temáticos e o comparativo entre homens e mulheres:

Equidade de gênero garante 57,1% de mulheres na segunda fase do CNU  | Foto: MGI 

A ministra da Gestão, Esther Dweck, explicou que a iniciativa busca corrigir desigualdades observadas na primeira edição do concurso, em 2024. 

“É uma forma de mitigar desigualdades estruturais que dificultam o acesso das mulheres, especialmente aquelas com dupla ou tripla jornada”, afirmou.

A equiparação foi aplicada apenas nos cargos em que a proporção de mulheres era menor que 50%. Em alguns blocos temáticos, como os de número 1, 2 e 5, as mulheres já eram maioria entre os classificados. Em outros, como os blocos 3 e 4, mesmo com a medida, não foi possível alcançar a paridade por falta de candidatas com pontuação mínima suficiente.

No cargo de Analista Técnico de Justiça e Defesa, do bloco 7, por exemplo, antes da equiparação havia 888 mulheres e 1.490 homens classificados. Com a aplicação da medida, as 1.490 vagas masculinas foram mantidas, e 731 mulheres adicionais foram convocadas para garantir a equiparação.

O MGI informou que todos os homens que atingiram a nota mínima também foram mantidos na disputa. A medida apenas ampliou o número de mulheres classificadas, sem exclusão de candidatos.

A convocação para a segunda fase será publicada ainda nesta semana no Diário Oficial da União, junto com editais referentes à avaliação de títulos, à verificação de autodeclarações de candidatos negros, indígenas e quilombolas e ao procedimento de caracterização de deficiência.

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