Najila percebeu corrimento vaginal e pode ter contraído DST em viagem

Ginecologista André Luiz Malavisa condeceu depoimento na última quarta-feira (26)

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O depoimento do ginecologista André Luiz Malavisa ocorrido na última quarta-feira (26) tem relação com uma preocupação que Najila Trindade teve quando ainda estava em Paris e percebeu um corrimento vaginal. O relato é do advogado da modelo, Cosme Araújo Santos, que acrescentou que a cliente ligou para um médico de confiança e foi orientada a marcar uma consulta na volta ao Brasil. (Com informaçoes Uol)

A situação era ainda mais preocupante porque, na versão de Najila, teria ocorrido depois de uma relação sexual com uma pessoa desconhecida e que teria cometido um crime sexual. Najila pegou o voo em 17 de maio, dois dias depois do suposto estupro cometido por Neymar, mas a visita ao ginecologista demorou uma semana. O advogado explicou que o profissional estava fora do Estado de São Paulo. Depois de ser examinada, a modelo recebeu uma receita para comprar medicamentos.

A data da consulta não foi revelada pela Polícia Civil nem pelo advogado de Najila. Mas, em troca de mensagens divulgadas pela imprensa entre a modelo e José Edgard Bueno Filho, primeiro advogado dela, o assunto apareceu em 24 de maio. "Oi! Estou no gineco", escreveu a modelo pelo WhatsApp.

Najila não autorizou médico a contar detalhes do exame

 A convocação do ginecologista é mais uma reviravolta do caso. A consulta não foi mencionada nas três primeiras semanas de inquérito policial. Foi somente nesta fase da investigação que Cosme Araújo Santos, quarto advogado de Najila, entrou no caso e levou a cliente para novo depoimento. O médico teve o nome citado nesta ocasião e foi intimado.

O ginecologista compareceu ao local do depoimento com uma hora de antecedência, tão adiantado que nem a delegada havia chegado. Ele foi ouvido durante 1h15, mas deixou de responder várias questões, revelou a promotora de Enfrentamento a Violência Doméstica Flávia Paulin, uma das três que atua no caso. Nenhum laudo ou exame foi entregue para ser anexado ao inquérito policial.

O motivo foi que nem Najila, nem o advogado dela permitiram que o ginecologista falasse sobre a consulta ou apresentasse à Polícia Civil o prontuário médico da modelo. André Luiz ligou para ambos na terça-feira, véspera de ir à delegacia, perguntando se poderia dar detalhes do estado clínico da modelo.

Diante da negativa, e como a relação entre médico e paciente é sigilosa, ele permaneceu em silêncio nas questões a respeito deste tema. A postura foi mantida na saída da delegacia, quando se recusou a falar com a imprensa. "Nada a declarar. Tudo corre em sigilo ético-profissional", disse.

Modelo não tomou medicamentos contra DST

 Como esteve diante de um médico somente oito dias depois da relação sexual com Neymar, Najila não foi submetida durante a consulta à profilaxia para doenças sexualmente transmissíveis que inclui um coquetel de drogas. A medida tem eficácia limitada às primeiras 72 horas após a relação sexual, um dos motivo que faz a Polícia Civil incentivar o registro de boletim de ocorrência imediato em casos de crime desta natureza.

Questionado sobre o motivo de não permitir que o ginecologista apresentasse o prontuário e relatasse o que constatou na avaliação, o advogado Cosme Araújo Santos explicou que a cliente jamais mencionou lesões íntimas e por isso não haveria necessidade. Ele voltou a falar que Najila é a vítima e que não tem obrigação de provar nada.

Acrescentou ainda que, no entender dele, pessoas que se envolvem no caso são pressionadas e tem medo que o mesmo ocorra com o médico. Mas ele afirmou que se a Polícia Civil considerar importante, não vai se opor à entrega do prontuário médico.

"Se virem necessidade, apresentamos sem problema nenhum".

A expectativa é que o depoimento do ginecologista tenha sido o penúltimo. A única pessoa que os investigadores ainda querem ouvir é Yasmin Pastore Abdalla, segunda advogada de Najila. Porém o assunto a ser tratado é outro, a delegada quer saber se ela viu a modelo com o celular perdido.

Terminada esta fase, a delegada Juliana Bussacos, que comanda a investigação, vai avaliar todo o material coletado. Só então, vai decidir se o trabalho está pronto ou se é necessário pedir novas investigações.



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