Nível do Guaíba baixa 20 cm em 24h, mas água ainda avança por Porto Alegre

É o menor patamar que o lago atinge desde a tarde de sábado (4). Cota de inundação é de 3 metros

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Temporal no RS: alagamento em rua do bairro Menino Deus, em Porto Alegre | Foto: Reprodução/RBS TV

Conforme informações divulgadas pela prefeitura de Porto Alegre, o nível do Guaíba em Porto Alegre diminuiu 20 centímetros nas últimas 24 horas. A medição feita pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) às 10h15 desta quarta-feira (8) registrou 5,12 metros, marcando o ponto mais baixo desde a tarde de sábado (4). 

ÁGUA CONTINUA AVANÇANDO: Apesar da diminuição, o nível do Guaíba permanece mais de 2 metros acima da cota de inundação, que é de 3 metros, devido aos temporais que assolaram o estado e resultaram em mais de 90 mortes. A água continua avançando em ruas da capital

BAIRRO TEM NOVOS ALAGAMENTOS: Na região do bairro Menino Deus, onde a prefeitura solicitou que os moradores deixassem, novos alagamentos foram registrados, afetando partes das ruas Itororó e José de Alencar. Anteriormente, uma dessas vias serviu como ponto de base para caminhões do Exército Brasileiro e ambulâncias que realizaram o resgate de pacientes do Hospital Mãe de Deus. 

30 DIAS PARA BAIXAR NÍVEL DO RIO: O recorde anterior de nível do Guaíba foi estabelecido em 1941, atingindo 4,76 metros, antes das cotas registradas em 2024. No último domingo (5), o rio alcançou seu maior nível registrado, atingindo 5,33 metros. De acordo com projeções do IPH, estima-se que o Guaíba leve pelo menos 30 dias para retornar ao nível abaixo dos 3 metros. Durante a enchente histórica de 1941, foram necessários 32 dias para isso acontecer.

ESCOAMENTO PREJUDICADO: Devido ao deslocamento dos ventos, que empurram a água da Lagoa dos Patos na direção oposta, predominantemente localizada no Sul do estado, o fluxo de água do Guaíba é afetado negativamente. Esse cenário pode agravar as condições de inundação em Porto Alegre. As bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Gravataí e Sinos convergem suas águas para o Guaíba, localizado na capital, criando uma espécie de estreitamento que retém as enchentes e dificulta o escoamento em direção ao mar. 

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