Noblat: Presidente da Caixa fez sexo com mulher dentro de carro em Teresina

O Ministério Público Federal (MPF) investiga denúncias de assédio sexual contra o presidente da Caixa, Pedro Guimarães

Pedro Guimarães | Divulgação
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O Ministério Público Federal (MPF) investiga denúncias de assédio sexual contra o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. O caso está sob sigilo e foi publicado na terça-feira (28) pelo site Metrópoles. 

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal 'O Globo',  a demissão de Guimarães foi decidida na noite de ontem em uma conversa dele com presidente Jair Bolsonaro, e o executivo deve deixar o cargo ainda hoje.

Pedro Guimarães é acusado de assédio sexual por funcionárias da Caixa Econômica Federal Foto: Isac Nóbrega/PR

O jornalista Ricardo Noblat postou em seu perfil no Twitter que um motorista, que é evangélico, de uma locadora de veículos de Teresina presenciou uma cena de sexo explícito de Pedro Guimarães com uma mulher dentro do carro que dirigia.

A jornalista Andréia Said publicou em seu blog, no G1, que as alas política e econômica do Governo Federal concordam que será difícil manter Pedro Guimarães no cargo por causa do escândalo e que ele deve deixar o cargo. Já pessoas mais próximas a Guimarães defendem que ele seja afastado e se explique. 

Denunciantes e testemunhas afirmaram à Said que temem que o braço direito de Pedro Guimarães, Celso Leonardo Barbosa, assuma a chefia da estatal. Ele também causa temor entre mulheres que trabalham no banco.

Pelo menos 12 mulheres teriam sido alvo de assédio sexual por parte de Pedro Guimarães e o número pode aumentar. Algumas não fizeram a denúncia antes por medo do presidente da Caixa, a quem classificam como alguém de “perfil ameaçador“.

Leia abaixo alguns relatos de funcionárias que denunciaram o caso:  

"Eu considero um assédio. Foi em mais de uma ocasião. Ele tem por hábito chamar grupo de empregados para jantar com ele. Ele paga vinho para esses empregados. Não me senti confortável, mas, ao mesmo tempo, não me senti na condição de me negar a aceitar uma taça de vinho. E depois disso ele pediu que eu levasse até o quarto dele à noite um carregador de celular e ele estava com as vestes inadequadas, estava vestido de uma maneira muito informal de cueca samba canção. Quando cheguei pra entregar, ele deu um passo para trás me convidando para entrar no quarto. Eu me senti muito invadida, muito desrespeitada como mulher e como alguém que estava ali para fazer um trabalho. Já tinha falado que não era apropriado me chamar para ir ao quarto dele tão tarde e ainda me receber daquela forma. Me senti humilhada". 

"Por exemplo, pedir para abraçar, pegar no pescoço, pegar na cintura, no quadril. Isso acontecia na frente de outras pessoas. E, às vezes, essas promessas eram no pé de ouvido e na frente de outras pessoas, mas de forma com que outras pessoas não ouvissem. 

"Comigo foi em viagem, nessas abordagens que ele faz pedindo, perguntando se confia, se é legal. Abraços mais fortes, me abraça direito e nesses abraços o braço escapava e tocava no seio, nas partes íntimas atrás, era dessa forma". 

"Eu só fingi que estava bebendo o vinho e tudo e aí ele ele começou a fazer umas brincadeiras. Aí na hora de pagar a conta pediu um abraço. Aí falou: 'Ah'. Eu tentei manter a distância. 'Ah, um abraço maior'. Eu fiquei muito sem graça, que eu já vi que ele já, né? A gente já sabe da fama. Eu sabia da fama dele já, então eu me reservei o máximo possível. E aí ele: 'não, mas abraça direito. Abraça direito, porque é... você não gosta de mim'. Aí na hora que ele, na terceira vez que ele fez eu abraçar ele, ele passou a mão na minha bunda". 

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