A Polícia Civil do Piauí deflagrou a operação Sorte Premiada e cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão nesta quinta-feira, dia 10 de outubro. A ação é desenvolvida e coordenada pela Gerência de Polícia Especializada, da Delegacia Geral de Polícia Civil e pela Diretoria de Inteligência e ocorre em Teresina e Parnaíba. Participam da operação a Gerência de Polícia do Interior, delegacia de Luís Correia, Buriti dos Lopes, Delegacia de Homicídios Tráfico e Latrocínio da Planície Litorânea, Depatri, Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática. Quatro pessoas foram presas em Parnaíba. Um dos presos tentou fugir do cumprimento dos mandados se escondendo na copa de uma árvore, mas foi localizado por um investigador da Delegacia Geral.
Com a operação Sorte Premiada, a Polícia Civil desarticula organização criminosa especializada na modalidade de crime Phishing, termo estrangeiro ainda sem tradução cediça, mas que se resume na ação de levar o destinatário de mensagens de comunicação eletrônica a fornecer dados pessoais e senhas bancárias a criminosos, que geralmente conseguem iludir as vítimas ao se passarem por instituições respeitáveis. Via de regra, isso acontece quando a vítima recebe uma mensagem onde está incluída uma programa de informática clandestino, malicioso, mas no Piauí, a quadrilha fazia uso de mensagens telefôncias do tipo SMS, e conduzia as vítimas através de telefonema onde se passavam por uma central de pagamento de prêmios.
“No Piauí, a quadrilha fantasiava uma história, construída com base na vida social da própria vítima por meio das redes sociais e ludibriava a vítima até que essa fosse a um caixa eletrônico e fizesse um depósito para, enfim, ter acesso a um prêmio que foi iludida a acreditar que seria seu”, explica o analista de inteligência e agente de polícia M. L. R, um dos policiais civis que investigou o caso.
De acordo com o Delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada, a quadrilha era formada também por “laranjas”, que forneciam suas contas e atuavam na história como sendo os gerentes das agências bancárias que efetuariam o pagamento do bilhete premiado, para não levantar suspeitas para as vítimas.
“A quadrilha era extremamente sofisticada, aplicava golpes sabendo minúcias de taxas e do funcionamento de caixas eletrônicos, sequência lógica das teclas de cada caixa para cada procedimento bancário, capaz de conduzir a vítima inequivocamente a fazer as transferências. A quadrilha investia muito em engenharia social, conseguia dados como CPF, endereço e demais informações das vítimas”, explica o delegado.