Piauí tem 11° menor rendimento per capita

De acordo com Pnad 2018, as Regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores valores (R$ 886 e R$ 815), e a Região Sudeste, o maior (R$ 1.639).

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O rendimento médio mensal domiciliar per capita no Piauí foi de R$ 806, no ano passado. No País, o valor foi de R$ 1.337. A taxa do rendimento do 1% mais rico da população brasileira atingiu, em 2018, o equivalente a 33,8 vezes o ganho obtido pelos 50% mais pobres. A diferença de rendimento médio foi de R$ 27.744; a metade, mais pobre, obteve R$ 820, os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada na quarta (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com Pnad 2018, as Regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores valores (R$ 886 e R$ 815), e a Região Sudeste, o maior (R$ 1.639). Em relação aos Estados brasileiros, o Piauí apresentou o 11° menor rendimento médio mensal, à frente de Alagoas (R$ 708) e do Maranhão (R$ 607), segundo dados da pesquisa. 

A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita alcançou R$ 277,7 bilhões em 2018, ao passo que, em 2017, esse valor foi de R$ 264,9 bilhões. A Região Sudeste apresentou a maior massa de rendimento do País (R$ 143,7 bilhões), sendo este valor superior à soma das demais massas de rendimento regionais. As Regiões Sul (R$ 47,7  bilhões) e Nordeste (R$ 46,1 bilhões) produziram cerca de um terço, cada, da massa da Região Sudeste.

As informações da Pnad mostram que, de 2017 para 2018, por exemplo, o ganho dos 10% mais pobres caiu 3,2% (para R$ 153 em média), enquanto o do 1% mais rico aumentou 8,4% (para R$ 27.774). Desde o início da pesquisa, e coincidindo com o aumento na desigualdade, houve ainda uma diminuição no total de domicílios atendidos pelo Bolsa Família, que caiu de 15,9% em 2012 para 13,7% em 2018. Nas Regiões Norte e Nordeste, 25,4% e 28,2% dos domicílios recebiam este benefício, em 2018. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios que recebiam o Bolsa Família foi de R$ 341.

Desigualdades regionais.

A pesquisa também mostrou que foi no Nordeste onde a desigualdade de rendimentos caiu porque as pessoas no topo perderam renda – e não porque os mais pobres ganharam mais.  Também houve queda no rendimento médio dos nordestinos, deixando a região com a menor renda. 

A desigualdade de renda no Brasil tem ainda forte aspecto regional, com o Sudeste – com pouco mais de 40% da população concentrando uma massa de rendimentos (R$ 143,7 bilhões) superior à de todas as outras regiões somadas.

Entre as Grandes Regiões, o rendimento médio mensal real de todas as fontes apresentou variações: o Sudeste registrou o maior valor (R$ 2.563), seguido pelo Centro-Oeste (R$ 2.440) e Sul (R$ 2.401), enquanto o menor foi verificado no Nordeste (R$ 1.412). De 2017 para 2018, o Nordeste foi a única região a ter variação negativa do rendimento e o Norte teve a maior expansão (7,8%).

Os dados de 2018 mostram ainda que o índice Gini, que mede a desigualdade numa escala de 0 (perfeita igualdade) a 1 (máxima concentração), aumentou em todas as regiões do Brasil e atingiu o maior patamar da série, chegando a 0,509.

A pesquisa ainda fez um levantamento dos ganhos da aposentadoria, de 2012 a 2018, que observou-se crescimento das estimativas de aposentadoria e pensão e redução nas de outros rendimentos. Outro ponto elencado foi o nível educacional, pessoas com ensino superior completo ganham o triplo daquelas com nível médio, ou seja, pessoas com ensino fundamental completo, o equivalente foi 67,8%, chegando a R$ 1.436. Aqueles que tinham ensino superior completo registraram rendimento médio aproximadamente três vezes maior. Por fim, a Pnad 2018 analisou os acessos de famílias que recebiam Benefício de Prestação Continuada (BPC) em serviços como acesso a abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo

Para os analistas, como se trata de uma pesquisa domiciliar, a partir de um questionário, as pessoas mais ricas e com outras fontes de renda – sobretudo de aplicações financeiras e aluguéis – tendem a não mencionar esses ganhos quando abordadas.



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