Plantas locais são usadas para criar medicamentos

São usada para desenvolver medicamentos e fazer tratamentos

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O professor doutor Francisco das Chagas Alves Lima é pesquisador na área de química da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e, acompanhado de uma equipe formada por outros professores e alunos, ele realiza pesquisas utilizando como fonte natural as plantas existentes no Piauí, para desenvolver medicamentos e tratamentos em diferentes áreas. Os pesquisadores compõem o Grupo de Química Quântica Computacional e Planejamento de Fármacos, criado em 2010.

“Nosso grupo só trabalha com produtos locais e isso nos dá uma vantagem de valor agregado, pois estudamos plantas típicas da nossa terra e a partir delas encontramos alguma aplicabilidade para os segmentos em que estudamos como doença de chagas, sistema nervoso, esquistossomose e sistema cardíaco. A grande diferença da nossa pesquisa é que trabalhamos com métodos experimentais e alternativos”, afirmou.

Segundo o docente, a equipe trabalha também com a parte computacional que simula como a molécula atua dentro do meio biológico através do ambiente virtual, fazendo assim com que diminua em até 40% o uso de cobaias. Ele classifica essa característica como uma das grandes vantagens das pesquisas realizadas pelo grupo.

A partir desse diferencial é que vieram alguns dos prêmios internacionais. “Hoje nós temos uma parceria efetiva com duas faculdades que ficam na Alemanha e esses projetos são desenvolvidos através de trabalhos em conjunto”, acrescentou.

Eles estão pesquisando e desenvolvendo, dentro dos laboratórios da universidade, medicamentos para o controle de ansiedade, além de softwares que vão identificar mulheres que vão sofrer de menopausa, doença de chagas e outras pesquisas que são feitas atavés de moléculas retiradas a partir de plantas locais.

“Como nós trabalhamos visando um produto, não podemos citar os nomes das plantas que utilizamos nas pesquisas, mas posso usar como exemplo a aveloz - comumente chamada de cachorro-pelado -, que é típica do Nordeste e tem uma grande revolução na área de câncer. A utilidade dessas plantas é apenas do conhecimento popular e traduzimos em pesquisa”, disse.

Pesquisas buscam agregar valor aos produtos

O professor Chicão, como prefere ser chamado, afirmou que cresce o número de pesquisas no âmbito local que têm como funcionalidade ajudar pessoas do mundo todo.

Ele informa que, quando é pensado o uso de produtos naturais, como o babaçu, como fonte de estudo, dá um valor agregado para a planta e a comunidade passa a valorizar ainda mais o produto.

"Quando o estudioso visa o desenvolvimento em pesquisa científica, já que hoje não existe uma região que não cresça sem o conhecimento científico, é preciso alinhar a ciência com as riquezas naturais e assim tornar possível traduzir valores, financiamentos e melhores recursos para sua comunidade.

As plantas que utilizamos quando são bem aplicadas em uma pesquisa e apresentam resultados efetivos trazem maior valorização. Por exemplo, quando algo que é vendido atualmente a R$ 2 o quilo, pode saltar para R$ 10, R$ 15, quando trabalhado seu valor agregado.

Nosso propósito é gerar riqueza em um Estado altamente rico em produtos naturais e altamente pobre no que se refere à exploração e conhecimento dos seus produtos", completou.

O professor também já participou de um intercâmbio para o desenvolvimento de biossensores para ajudar, por exemplo, a medir a concentração exata da glicose no sangue.

Ele possui vários artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais e já ficou no ranking Top 25 Hottest Articles, que lista os melhores trabalhos da Plataforma Science Direct.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES