Polícia apura morte de engenheiro em banheiro de centro espírita

Laudo apontará causa da morte

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Polícia Civil investiga o caso de um engenheiro que estava desaparecido e foi encontrado morto no banheiro da Federação Espírita do Estado de São Paulo (Feesp), no centro da capital paulista. Nesta quinta-feira (10), quase um mês depois da morte, a investigação ainda aguardava o resultado do laudo necroscópico para saber a causa da morte. Os policiais investigam se Claudio Arouca foi vítima de um crime, se se suicidou ou se teve morte natural.

O homem de 49 anos havia sumido no dia 13 de julho, uma quinta-feira, quando foi visto pela última vez deixando o carro num estacionamento ao lado da Federação. Policiais analisam imagens de câmeras de segurança que mostram esse momento. As câmeras também teriam gravado a entrada de Claudio no prédio. Ele teria ido ao local porque namoraria uma frequentadora do lugar.

Dois dias depois do desaparecimento, em 15 de julho, um sábado, o corpo do engenheiro foi encontrado por um funcionário da limpeza dentro do banheiro da Federação. Claudio não teria sinais de violência. O caso é investigado pelo 1º Distrito Policial (DP), na Sé, como morte suspeita.

Por telefone, a ex-mulher do engenheiro falou que a família está apreensiva sem saber o que aconteceu. "Os exames que foram feitos na hora no IML [Instituto Médico Legal] não foram conclusivos. Eles apontaram o seguinte: 'causa da morte a esclarecer", disse a dentista Adriana Colombo, de 50 anos.

A dentista também criticou a Federação Espírita porque, segundo ela, a entidade dificultou o acesso da família a informações sobre o caso. "A postura da federação aumentou nosso sofrimento e dor", disse Adriana.

Em nota publicada em seu site, a entidade informa que tomou "todas as providências possíveis junto às autoridades e também para localizar os familiares, que foram acolhidos e apoiados no 8º andar da FEESP".

Investigação

Adriana teve três filhos com Claudio, de quem se separou. A dentista falou ainda que o ex-marido se dividia entre São Paulo, onde administrava os imóveis da família, e Eunápolis, na Bahia, onde morava.

"A gente não sabe de nada, mas quero que tenha sido natural [a morte], porque nos daria mais conforto", afirmou a ex-mulher de Claudio. "Disseram que os exames que irão apontar a causa da morte demoram dois meses para ficarem prontos."

Policiais do 1º DP disseram à reportagem que, se o laudo do IML apontar que Claudio foi vítima de um crime, o caso passa a ser investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Se o resultado apontar que ele se matou ou que é um caso de morte natural (infarto, por exemplo) o inquérito será concluído e encerrado com o arquivamento. Parentes não acreditam em suicídio.

Federação Espírita

Em um comunicado postado em seu site, a Federação afirma que "a Polícia Civil continua realizando investigações sobre o ocorrido e o Instituto Médico Legal da Superintendência da Polícia Científica está periciando o material colhido, para fornecer o laudo médico legal."

A Feesp diz ainda que "assim que recebermos esses laudos comunicaremos a todos os resultados e os esclarecimentos."



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES