População contesta fechamento do Hospital do Dirceu

Hospital fechará para obras, que devem durar 6 meses

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Os moradores e profissionais que atuam no Hospital do Dirceu estão preocupados com o fechamento total da unidade. Pacientes da região podem ficar sem atendimento devido a uma reforma do pronto socorro, que, de acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), está programada para iniciar neste mês, com conclusão prevista para daqui a seis meses.

A região do bairro Dirceu Arcoverde é uma das mais populosas da cidade. Cerca de 200 mil pessoas moram no bairro e no entorno. O vice-presidente da União de Moradores do Residencial Dom Helder, Parque Natalândia, Vila Santa Clara e São Paulo (Umor), segunda maior associação da região sudeste, Rafael Dias, reconhece que o hospital necessita de melhorias na estrutura física, mas se diz contra o fechamento total do prédio.

José Alves Filho

“O Ministério Público pediu uma avaliação junto de técnicos para saber a possibilidade de atendimento durante a obra. Nossa luta é informar a comunidade e defender o hospital e os profissionais que ali trabalham. Sabemos que apenas a UPA do Renascença não absolve o atendimento de nossa região. Temos aqui na região várias Unidades Básicas de Saúde (UBS) fechadas e inacabadas, e a comunidade tem o medo de que essa reforma do hospital vire um elefante branco e não finalize nunca como as UBSs”,afirma o vice-presidente.

Outros moradores se mostraram favoráveis à reforma, mas falam sobre a necessidade de uma alternativa de atendimento durante esse tempo. A atendente Mônica Regina veio do Promorar, na zona Sul, para realizar um exame em sua filha no hospital do Dirceu. “Eu consegui buscar atendimento neste hospital porque onde moro não tinha disponibilidade de vagas. Não concordo com o fechamento de jeito nenhum, inclusive porque faço tratamento com uma reumatologista que atende aqui às terças e quartas-feiras”, conta.

A estudante Alexandra Rocha, 18 anos, procurou atendimento na manhã desta segunda-feira (14) no hospital, acompanhada do seu pai, para realizar um exame. Ela reside no Alto da Ressurreição e o único posto da região está fechado. “Não aceito a falta de atendimento. Lá onde moro o posto está  sem médicos e só funciona para encaminhamentos estes dias e tive que vir para cá. Fiz os exames, foi ok e gostei do atendimento', defendeu.

Segundo o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Ivan Cabral, o pronto socorro deve iniciar a reforma até o fim do mês, caso ela seja definida. O prazo total da obra será de seis meses, após o início da mesma. A questão preocupa os moradores do bairro que questionam o término do serviço.

A FMS afirma que a reforma não prejudicará o atendimento aos pacientes. Os servidores do Hospital do Dirceu serão redirecionados para a UPA do Renascença, Unidades Básicas de Saúde da região, Hospital/ UPA do Satélite e demais Hospitais da Rede Municipal de Saúde. A comunidade, que hoje é atendida pelo hospital, seria encaminhada para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) acima citadas, para evitar que fiquem sem atendimento médico quando necessário.

Uma segunda audiência pública nesta semana deve decidir uma nova análise de estudo para que a obra ocorra de maneira parcial e satisfatória. A Associação dos Moradores do bairro está elaborando um panfleto para informar a comunidade do possível fechamento e assim tentar fazer uma pressão popular na defesa do hospital.



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