População de Porto come carne contaminada

O lixão da cidade é a céu aberto, ocupa uma grande área e não possui nenhum tipo de proteção

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Comer carne contaminada é um risco para a saúde. Quem está vivendo uma situação assim é a população de Porto, ao norte do Estado, que consome carne de suínos que se alimentam de detritos de um lixão localizado na zona rural do município. O lixão ocupa uma grande área e não possui nenhum tipo de proteção nem mesmo de cerca para evitar a entrada de animais no local. O lixão fica na localidade Estiva, a quatro quilômetros da zona urbana da cidade e é a céu aberto o que prejudica ainda mais.

De acordo o sócio da comunidade Kolping de Porto, Marcelino de Oliveira a situação é muito grave por que a população está sendo contaminada. ?Os animais entram no local e se alimentam de tudo o que está presente, e isso inclui lixo hospitalar que também está sendo depositado na região?, reiterou. Conforme legislação específica os detritos hospitalar deve ter uma destinação final adequada, o que implica em incineração de todo o tipo de material sólido e os que não, em locais apropriados.

Entre os animais que mais frequentam o local devido a falta de empecilho para a entrada estão os porcos. ?A questão da carne contaminada ocorre justamente porque esses animais são abatidos e levados para o mercado público sem nenhum controle sanitário e a população acaba comendo porque não conhece a procedência do produto?, comenta o morador. Ele relata que além disso outro problema também grave ocorre que é a questão da chuva que acaba por escoar o lixo para as casas das comunidade.

?Quando chove a água escoa por um canal que acaba por contaminar a lagoa do Marroá Velho, como essa lagoa desemboca no Rio Parnaíba a situação de poluição ainda é maior?, relata seu Marcelino. A Associação dos Moradores e Trabalhadores Rurais da Estiva reclamam que o solo do local também está sofrendo contaminação, o que prejudica a agricultura familiar bem como o consumo de água de poços. ?Agora nós nem temos mais condições de cavar poços porque fica aquela duvida se o lugar está próprio ou não?, aponta.

?Todos da comunidade ficam a mercê dessa situação grave, e além disso existe uma preocupação maior com as crianças que podem ir para o local?, reitera. A comunidade faz parte de terras destinadas para a reforma agrária. O local foi concedido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para a moradia das famílias bem como o uso da terra para a agricultura. ?O lixão fica no entorno da comunidade mesmo assim causa todos esses problemas?, conta. (T.T.)

Falta de energia elétrica também preocupa

Falta de energia elétrica também é um problema cotidiano para quem mora em Porto. A população denuncia que já chegaram a ficar mais de 24 horas sem o fornecimento de energia durante o período de carnaval. Mas os moradores do município alertam que esse é um problema antigo, e que as gambiarras também estão presentes nos postes e fiações de alta tensão que cortam a cidade. Marcelino Oliveira aponta que a região de divisa entre Porto e Nossa Senhora dos Remédios é onde a situação é mais grave.

?Nós já estamos acostumados a ter queda e falta de energia por pelo menos três vezes por dia o que deixa todo mundo sem saber o que fazer, já que não se tem nenhum informação de quando o problema será resolvido?, comenta Oliveira. O marador do município aponta que muitas pessoas não conseguem pagar o que é cobrado pelo preço que é alto ou se recusam devido ao péssimo serviço que é oferecido. Os postes na região apontada estão em uma situação muito grave e com fios soltos.(T.T.)



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