Porto Alegre decreta racionamento após 70% da população ficar sem acesso à água

Determinação saiu no Diário Oficial de Porto Alegre nesta segunda (6). Apenas duas das seis estações de tratamento da cidade estão operando. Temporais no estado já deixaram 83 mortos e 111 desaparecidos.

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Cheia atinge o Mercado Público de Porto Alegre, em maio de 2024 | Foto: César lopes/PMPA

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), decretou o racionamento de água na cidade, nesta segunda-feira (6), após 70% da população ficar desabastecida pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Das seis estações de tratamento do departamento, somente duas estão em operação (Menino Deus e Belém Novo). 


O QUE FOI DETERMINADO - A determinação da Prefeitura no Diário Oficial de Porto Alegre descreveu que a água distribuída pelo município deve ter como função exclusiva o "abastecimento" e "consumo essencial". O documento detalhou que, neste cenário, atividades como lavagens de automóveis, calçadas, fachadas, jardins, salões de beleza, clínicas estéticas, academias e pet shops devem ser evitadas, a fim de preservar água. 


“Estamos vivendo um desastre natural sem precedentes em Porto Alegre e no Rio Grande, e todos precisam contribuir. O desabastecimento é real e vai levar tempo até ser retomado com regularidade. Estamos buscando alternativas em diferentes frentes, mas a consciência de cada cidadão é decisiva para não piorar o cenário”, disse o prefeito. 

ABASTECIMENTO POR CAMINHÕES-PIPA - Mais cedo, Melo anunciou o abastecimento da capital por caminhões-pipa em pontos estratégicos. 

"Não tem água suficiente estocada. O estoque de água no Rio Grande do Sul diminuiu muito", afirmou. "Vou botar o caminhão num campo de futebol de várzea, as pessoas vão lá buscar água e também levar suas bombonas, levar suas garrafas porque eu não tenho condições de passar de casa em casa".

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