Criminosos estão utilizando nome, CPF e até endereços verdadeiros de contribuintes para montar páginas falsas que simulam cobranças em nome da Receita Federal. A prática, em expansão pelo país, levou o órgão a emitir um alerta oficial após diversos relatos registrados em unidades de atendimento.
As fraudes chegam por WhatsApp, SMS ou e-mail, sempre acompanhadas de um link que direciona a um site que imita o layout do Portal Gov.br, com brasões, cores e formatação semelhantes às páginas oficiais. Para reforçar a impressão de autenticidade, os golpistas inserem dados pessoais reais nos documentos falsos.
🚫 Receita Não Envia Cobranças por Mensagens
A Receita Federal enfatiza que não envia cobranças por aplicativos de mensagem, e-mail ou links externos. Qualquer pendência, débito ou notificação verdadeira é exibida exclusivamente no e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte), acessado somente pelo site oficial.
O órgão recomenda que o contribuinte ignore mensagens com links externos e busque informações diretamente no portal, digitando o endereço manualmente no navegador.
🔍 Sinais Que Indicam Golpe
As páginas falsas utilizam endereços que não pertencem ao domínio gov.br, principal sinal de fraude. Além disso, as mensagens costumam incluir elementos de pressão e urgência, como:
prazos de poucos minutos para pagamento;
ameaças de bloqueio do CPF ou de contas bancárias;
supostos descontos para pagamento imediato.
Segundo a Receita, esse padrão é típico de golpes digitais que tentam impedir que o usuário verifique as informações reais.
🔓 Vazamento de Dados Reais Preocupa
Uma das características mais graves dessa nova modalidade é o uso de dados verdadeiros dos contribuintes. Criminosos obtêm essas informações por meios ilegais — geralmente por vazamento de grandes bases de dados — e as incorporam às páginas falsas para dar aparência de legitimidade.
Orientações ao contribuinte
A Receita Federal orienta que, ao receber qualquer cobrança duvidosa:
- não clique em links recebidos por WhatsApp, SMS, e-mail ou redes sociais;
- verifique pendências diretamente no e-CAC, acessado apenas pelo site oficial;
- desconfie de mensagens que contenham termos como “último aviso”, “pague agora” ou “urgente”; ignore ameaças de bloqueios e ofertas de descontos imediatos.
Em caso de dúvida, a recomendação é consultar os canais oficiais da Receita Federal, sempre acessados manualmente, e nunca a partir de links enviados por terceiros.