Região serrana do Rio de Janeiro contabiliza 844 mortes; Dilma anuncia construção de 6.000 casas

Dos sete municípios em que foi decretada calamidade pública, apenas Areal não registrou mortes.

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Chuvas no Rio de Janeiro | UOL
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Pelo menos 844 pessoas já morreram na tragédia da região serrana do Rio de Janeiro, conforme números compilados pela Polícia Civil do Estado e pelas prefeituras das sete cidades mais atingidas. Desde o dia 11 até o início da noite desta quinta-feira (27), foram 406 vítimas em Nova Friburgo, 344 em Teresópolis, 67 em Petrópolis (todas no distrito de Itaipava), 22 em Sumidouro, quatro em São José do Vale do Rio Preto e uma em Bom Jardim. Dos sete municípios em que foi decretada calamidade pública, apenas Areal não registrou mortes.

Já o número de desaparecidos, conforme o Ministério Público Estadual (MPE) divulgou ontem (26), chega a 518 pessoas, registradas pelo Programa de Identificação de Vítimas (PIV), em toda a região serrana. A iniciativa consolida as listas com informações registradas por parentes e amigos e checadas com os dados de hospitais e do IML (Instituto Médico Legal) de cada cidade. Algumas cidades, como Nova Friburgo e Teresópolis, passaram a adotar essa compilação para contabilizar os desaparecidos.

Já o total de desabrigados e desalojados em toda a região, conforme a secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (Sesdec-RJ), é de quase 30 mil.

Mais moradias

Nesta quinta, a presidente Dilma Rousseff anunciou, durante evento no Palácio da Guanabara, no Rio de Janeiro, a construção de mais 6.000 residências para atender os atingidos pelas chuvas na região serrana do Estado. Além disso, foi anunciada a doação de 2.000 residências por parte de 12 empresas construtoras.

?As perdas não tem preço nem podem ser superadas só com uma casa, mas acho que esta é uma iniciativa que vem no sentido de melhorar a situação?, disse.

Segundo a presidente, cabe ao governo estadual a desapropriação dos terrenos e as obras de infraestrutura e, ao governo federal, a construção dos imóveis. Dilma enfatizou que esta é uma atitude emergencial feita com subsídio do governo.

Também presente na cerimônia, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), disse que um mapeamento das áreas de risco de 30 cidades do Estado deve ser finalizado até outubro deste ano, mas não deu detalhes sobre o trabalho. Segundo Cabral, as defesas civis têm que ser melhor estruturadas e ter pessoal capacitado para lidar com as situações de emergência.

?Não adianta ter tecnologia sem o município ter a ação. Quem sabe qual é o local para onde ir [em casos de emergência] é o município, não é o Estado nem a União?, disse Cabral.

Linha de crédito em Petrópolis

Também nesta quinta, a Prefeitura de Petrópolis, por intermédio da secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac), abriu uma linha de crédito para os microempresários lesados pela tragédia. Foi aberto um limite de empréstimo de até R$ 5 mil, com 90 dias de carência, 24 meses para pagar e taxa zero de juros.

Segundo a administração, o objetivo é incentivar os pequenos negócios afetados a se restabelecerem, já que muitas pessoas terão dificuldades de acesso as linhas de crédito formais. O sistema de garantia será feito por meio de aval tradicional ou aval solidário. A entrega do primeiro lote de empréstimos está planejada para a primeira quinzena de fevereiro.



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