Rios Parnaíba e Poti estão com nível de água elevado

A Chesf está fazendo o monitoramento

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As águas de março, expressão cultural típica da Música Popular Brasileira, se refere ao mês de março que configura o pico da estação mais chuvosa do verão. No Piauí, o mês promete ser marcado com chuvas intensas, já as temperaturas tendem a ficar bem inferiores em relação aos meses anteriores. É o que aponta prognóstico do climatologista e professor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Werton Costa. A elevação das águas dos rios Poti e Parnaíba seguem monitoradas. 

A explicação para o vai e vem das chuvas em todo o país é caracterizado pelo verão, que tem dias mais longos que as noites, o que permite a manutenção de temperaturas elevadas no solo e no ar, favorecendo mudanças rápidas nas condições diárias do tempo, levando à ocorrência de chuvas de longa duração e forte intensidade, principalmente no fim da tarde e à noite. O verão iniciou no dia 21 de dezembro e termina no dia 20 de março, quando se inicia o outono.

O prognóstico divulgado por Werton Costa caracteriza março como o mês mais chuvoso na maior parte dos municípios. “Para o Piauí, climatologicamente falando, o mês de março representa o maior volume de chuvas na faixa litorânea, sobretudo no Norte e do centro-Norte e na grande Teresina. Para a capital, março representa o pico das chuvas, é o mês mais volumoso”, expõe.

A meteorologia vem advogando que as chuvas devem estar bem próximas da normalidade para a maior parte dos municípios piauienses, mas em algumas cidades ao norte do Estado poderão ter chuvas acima da média, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE).

No momento, os níveis de água dos rios Poti e Parnaíba estão elevados e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) está fazendo o monitoramento da elevação das águas e enviando relatórios para a Defesa Civil que faz os procedimentos necessários. Em determinados pontos da região Norte da capital, a água já ultrapassou as margens. 

Conforme o docente, a média de chuva acumulada para março varia em cada município. Em Teresina a média deve extrapolar os 300 mm, visto que janeiro e fevereiro registraram chuvas muito irregulares. “Existe uma expectativa de atingirmos essa média dentro do período, os maiores acumulados concentrarão nos municípios do norte do Estado, no vale dos Rios Longa e do Poti, por isso que é considerado o mês mais chuvoso”, salienta Werton. Segundo ele, não estão descartadas chuvas em outros municípios a partir da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

“O sistema meteorológico conhecido como ZCIT forma chuvas generalizadas que se espalham por todo o estado, é uma chuva mais demorada como já presenciamos no Carnaval, aquela chuva que dura a noite ou o dia inteiro, sejam na forma de garoa ou uma chuva mais intensa e convectiva. Em locais mais distantes pancadas podem ocorrer com atuação do sistema Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (Vcan) que proporciona algumas pancadas”, explica o climatologista.

Temperaturas

O climatologista esclarece ainda que as temperaturas tendem a ficar bem inferiores aos meses anteriores. Quando o sol aparece, além do calor também há sensação de abafamento, devido à umidade no ar. Neste verão, as máximas na capital ficam sempre acima de 30ºC, podendo chegar aos 34ºC e mínimas devem ficar em torno dos 22ºC para os próximos 15 dias.

“O que contribui para baixar essas temperaturas é a condição de umidade do solo, umidade do ar e o volume de chuvas e a cobertura de nuvens. Março possui uma grande cobertura de nuvens e isso reduz a quantidade de energia solar que entra na superfície”, conclui Werton.



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