A Electronic Arts, responsável por franquias como EA Sports FC, The Sims, Apex Legends e Battlefield, informou nesta segunda-feira (29) que será adquirida por um consórcio liderado pelo Public Investment Fund da Arábia Saudita, Silver Lake e Affinity Partners, por US$ 55 bilhões (cerca de R$ 293 bilhões).
A negociação é considerada um dos maiores buyouts já registrados e vai retirar a companhia do mercado público, tornando-a uma empresa privada.
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Mesmo com a venda, a Electronic Arts continuará sendo administrada pelo CEO Andrew Wilson e manterá suas operações em Redwood City, Califórnia. Wilson destacou o reconhecimento pelo trabalho do estúdio e disse que continuarão a inovar em entretenimento, esporte e tecnologia.
O valor de US$ 55 bilhões (R$ 293,91 bilhões) garante US$ 250 por ação aos investidores, acima do preço atual (US$ 168,32) e da alta histórica (US$ 179,01). Após o anúncio, as ações subiram para US$ 203.
A transação foi aprovada pelo conselho de diretores e deve ser concluída no primeiro trimestre do ano fiscal de 2027 (março a junho de 2026). Há ansiedade no mercado e entre jogadores sobre possíveis mudanças, especialmente em relação à monetização da empresa.
A compra da EA será uma aquisição alavancada, a maior já registrada, com o consórcio (PIF, Silver Lake, Affinity Partners) pagando US$ 36 bilhões em dinheiro (≈ R$ 192,38 bilhões) e financiando US$ 20 bilhões (≈ R$ 106,87 bilhões), podendo usar lucros da empresa para pagar a dívida, reduzindo investimentos futuros.
PREOCUPAÇÕES ÉTICAS E DE CENSURA
Há preocupações éticas e de censura, devido a violações de direitos humanos na Arábia Saudita, como perseguição a jornalistas e minorias, incluindo ativistas feministas e LGBTQI+. Alguns games, como Final Fantasy XVI e Life is Strange, não foram lançados no país por conteúdo LGBTQI+. O PIF já possui investimentos em estúdios de games, incluindo EA (9,9%), Take Two Interactive, Nintendo, Embracer, Capcom e SNK. O processo criativo da SNK não foi afetado pela aquisição.
(Com informações de Electronic Arts (1 e 2), VGC, Eurogamer, Games Industry (1 e 2), Reuters, BBC)