2 em cada 10 residências em favelas têm computador com acesso à web

A diferença na aquisição de bens duráveis é grande também em relação à posse de automóveis

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Apenas duas em cada 10 casas em favelas ou ocupações desordenadas tinham microcomputador com acesso à internet, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativos ao ano de 2010. Dos chamados aglomerados subnormais, 20,2% se enquadravam nesta característica. Ao mesmo tempo, em domicílios em outras áreas, a proporção dos que contavam com microcomputador com acesso à internet chega a 48%.

O IBGE classifica como aglomerados subnormais as regiões com, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes, que ocupam terreno público ou particular (invadido ou não) e que se encontram de forma desordenada e densa. Regiões com menos de 51 barracos foram consideradas pelo estudo como áreas urbanas regulares.

A diferença na aquisição de bens duráveis é grande também em relação à posse de automóveis. Em favelas ou locais com ocupações desprovidas de infraestrutura básica, 17,8% das casas contavam com carros para uso particular. Já em residências fora dos aglomerados subnormais, 48,1% tinham pelo menos um carro na garagem.

No que se refere à posse de motos, as proporções são semelhantes. Em áreas favelizadas, 10,3% das casas contavam com o veículo. Já em residências fora dessas regiões, 11,3% tinham moto.

Em menos da metade das casas e favelas, era encontrada máquina de lavar. O IBGE constatou que 41,4% dessas residências contavam com uma lavadora automática de roupas. Nos demais domicílios do país, essa proporção chegava a 66,7%.

Televisão estava presente em quase todos os lares. Em casas nos chamados aglomerados subnormais, 96,7% contavam com o aparelho. Em outros domicílios, essa proporção chegava a 98,2%.

O IBGE verificou ainda que mais da metade dos lares em favelas tinham apenas telefone celular. Em 53,9% do total, existia apenas o aparelho telefônico móvel. Em áreas fora das favelas, 32,8% das casas contavam apenas com telefone celular. Nesses locais, 57,3% das residências tinham telefones fixo e celular. Nos domicílios situados em aglomerados subnormais, essa proporção não passava de 32,1%.

Pesquisa registra 3,2 milhões de casas em favelas, em 323 cidades

O IBGE informou ainda que havia, em 2010, 3,2 milhões de residências em 323 cidades do país situadas em áreas de favelas. Deste total, 49,8% estavam situados na região Sudeste; 28,7% estão no Nordeste, 14,4% no Norte, 5,3% no Sul, e 1,8% no Centro-Oeste.

O levantamento mostra que 52,2% dos domicílios situados em aglomerados subnormais estavam em áreas predominantemente planas. Outros 26,8% estavam em áreas com aclive ou declive moderado, e 20,7% se encontravam em locais com aclive ou declive acentuado.

Se analisado o tipo da via em que essas residências estão localizadas, 51,8% ficavam em uma rua; 39,7% estavam em becos ou travessas; 4,2% se situavam numa escadaria, e 2% num caminho ou trilha. Já 0,9% viviam em uma via sem circulação interna.

A pesquisa observou ainda que 12% das casas em áreas de favelas estavam situadas às margens de córregos, rios e lagoas. No Acre, essa proporção é a maior do país, chegando a 90%. Na região metropolitana de Macapá (AP), 83% desses domicílios estavam sobre rios, córregos, lagos ou mar. São as famosas palafitas, comum naquela região.



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