Uece produz primeiro caprino transgênico da América

O estudo conta com a parceria de Antonio Carlos Campos de Carvalho, da UFRJ

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A primeira gera??o de caprino transg?nico da Am?rica Latina foi obtida no Laborat?rio de Fisiologia e Controle da Reprodu??o (LFCR) da Universidade Estadual do Cear? (Uece), liderada pelo professor da Universidade, Vicente Freitas. A pesquisa foi financiada por algumas institui?es, entre elas o MCT (Renorbio)/BNB, Finep, Secitece em Funcap. O estudo conta com a parceria de Antonio Carlos Campos de Carvalho, da UFRJ e dos pesquisadores Irina Serova e Lyudmila Andreeva, da Academia de Ci?ncias da R?ssia.

A experi?ncia, realizada em 2006 - o animal morreu por infec??o ? foi repetida em 2007 e em mar?o deste ano nasceram 23 crias em Fortaleza. O sucesso foi repetido pela equipe, a qual verificou a presen?a do transgene em tr?s cabritos, um casal da ra?a Canind? e um macho da ra?a Saanen natimorto, o que mant?m o ineditismo da conquista cient?fica no Continente e coloca o Brasil no seleto grupo de pa?ses que dominam esta t?cnica.

O exame de DNA que fez a detec??o dos transg?nicos foi realizado no pr?prio laborat?rio da Uece, em atividade liderada por Luciana Melo, pesquisadora do LFCR no termociclador adquirido pela Secretaria da Ci?ncia, Tecnologia e Educa??o Superior (Secitece). Para confirma??o do resultado, as amostras das orelhas dos 23 cabritos nascidos entre os dias 10 a 20 de mar?o, foram enviadas para o Laborat?rio de Animais Transg?nicos da UFRJ para realiza??o da contraprova.

"Neste momento houve a confirma??o dos resultados verificados na Uece, confirmando a transgenia em tr?s animais", disse Vicente Freitas. Segundo ele, a transgenia foi obtida pelo m?todo de microinje??o pr?-nuclear da constru??o de DNA. "A vantagem de ter nascido um casal de animais transg?nicos ? que podemos multiplicar os cabritos de forma mais r?pida. O resultado n?o podia ser melhor", afirma.

Este ? o resultado da pesquisa "Caprinos Transg?nicos como Biorreatores para Produ??o de F?rmacos de Interesse em Sa?de Humana". A pesquisa visa obter uma cabra que produza na sua gl?ndula mam?ria, no leite, uma prote?na para produ??o de medicamento de interesse em medicina humana, o hG-CSF (Fator Estimulante de Col?nias de Granul?citos humano), o qual ? utilizado em v?rios casos de imunodefici?ncia.

O secret?rio de Pesquisa e Desenvolvimento do Minist?rio da Ci?ncia e Tecnologia, Luiz Antonio Barreto de Castro, presidente do Conselho Diretor do Renorbio, disse que a pesquisa vem sendo apoiada h? tr?s anos. Este foi o segundo projeto financiado pelo Renorbio com R$ 1 milh?o. Mais R$ 3 milh?es para a continua??o do projeto est?o em negocia??o no Bndes pelo MCT para os pr?ximos tr?s anos, informou.

Dos cabritos nascidos, 13 s?o machos e 10 f?meas; cinco s?o da ra?a Saanen, de origem su??a, ex?tica no Nordeste e 18 da esp?cie Canind?, animais r?sticos, nativos do Nordeste do Brasil. Houve surpresa na forma positiva como a ra?a Canind? reagiu ao experimento, observa Vicente Freitas.

"Decidimos pela ra?a Canind? porque ? uma ra?a em vias de extin??o e portanto ir?amos contribuir com sua preserva??o ao mostrarmos que a mesma responde de maneira positiva ?s t?cnicas de produ??o de transg?nicos. Al?m disso, estes animais t?m baixo pre?o de manuten??o e de aquisi??o em rela??o aos animais da ra?a Saanen", compara Vicente Freitas. "Al?m de vermos a superioridade da ra?a Canind?, muito mais saud?veis do que os da ra?a Saanen, entre os animais nativos n?o houve nenhuma mortalidade p?s-natal", disse ele.

O pesquisador destaca a import?ncia de ter gerado o caprino transg?nico na rede estadual de ensino e pesquisa do Cear?. "A equipe demonstrou que, com incentivo conseguiu resultado in?dito e extremamente importante, n?o ficando nada a dever ?s equipes internacionais, em sua maioria empresas privadas norte-americanas e canadenses", afirma.

A constru??o do DNA que est? sendo aplicada nas cabras foi inicialmente testada em camundongos na UFRJ, com sucesso. "Obtiveram algumas camundongas transg?nicas expressando a prote?na no leite", disse Vicente



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