O empresário e médico Bruno Santos Leal Campos divulgou, nesta sexta-feira (3), uma nota pública em que presta esclarecimentos sobre sua prisão temporária durante a operação da Polícia Federal que investiga supostas fraudes milionárias na área da saúde no Piauí.
Ele e outro gestor de Organização Social de Saúde (OSS) foram liberados por decisão liminar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que entendeu não haver fundamentos para a manutenção da permanência deles na instituição.
O QUE DIZ O TEXTO
Na nota, Bruno diz que foi surpreendido com as medidas de busca, apreensão e prisão temporária, mas que colaborou integralmente com as autoridades.
“Por ter a consciência tranquila de que nada devo à Justiça, retornei voluntariamente, apresentei-me às autoridades e forneci integralmente os esclarecimentos solicitados, inclusive disponibilizando senhas de aparelhos eletrônicos apreendidos”, declarou.
Ele reforçou ainda que, até o momento, não foi apresentada prova concreta que sustente as acusações. “Ao longo do processo, não foi apresentada qualquer prova concreta que justificasse as conjecturas veiculadas publicamente. Lamento profundamente que informações parciais e interpretações precipitadas tenham sido divulgadas de forma midiática e espetaculosa”, escreveu.
Sobre os bens citados na operação, Bruno negou a propriedade. “As vultosas quantias em dinheiro e os carros de luxo apreendidos e veiculados na imprensa juntamente com minha imagem não me pertencem e não foram apreendidos em minha residência ou em qualquer das minhas empresas”, garantiu.
Ele frisou que sua trajetória sempre foi marcada pela ética e pelo trabalho independente. “Nunca recebi apoio político de qualquer natureza, todo o meu caminho foi construído com esforço próprio, atuando de domingo a domingo em diferentes cidades, buscando crescer com responsabilidade e seriedade”, destacou.
Bruno finalizou a nota agradecendo à família, amigos e ao seu advogado pelo apoio. Ele disse também que confia no Poder Judiciário e acredita que os fatos serão devidamente esclarecidos.
“Estou convicto de que, ao longo da investigação, todos os fatos serão devidamente esclarecidos, reafirmando a minha inocência”, concluiu.
SOBRE A OPERAÇÃO
A operação da Polícia Federal, deflagrada no dia 30 de setembro, apura suspeitas de superfaturamento, lavagem de dinheiro, direcionamento de contratos e uso de documentos falsos em contratos ligados à Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) e à Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina.
LEIA A NOTA COMPLETA
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Eu, Bruno Santos Leal Campos, venho a público prestar esclarecimentos sobre os recentes acontecimentos que envolveram meu nome, com o objetivo de resguardar a minha honra e reputação, construídas ao longo de toda a minha trajetória, desde a infância em Picos e Francisco Santos, passando pelos anos de estudo em Teresina, pela residência médica em São Paulo e Brasília, e por todos os lugares onde construí laços profissionais e pessoais sólidos, sempre pautados pelo trabalho e pela ética.
Nesta semana, fui surpreendido com medidas de busca, apreensão e prisão temporária no âmbito de uma investigação conduzida pela Polícia Federal. No momento em que a equipe policial chegou à minha residência, eu estava em deslocamento para minha cidade natal, Picos.
Por ter a consciência tranquila de que nada devo à Justiça, retornei voluntariamente, apresentei-me às autoridades e forneci integralmente os esclarecimentos solicitados, inclusive disponibilizando senhas de aparelhos eletrônicos apreendidos. Fui conduzido à sede da Polícia Federal e permaneci à disposição das autoridades durante todo o período determinado.
Ao longo do processo, não foi apresentada qualquer prova concreta que justificasse as conjecturas veiculadas publicamente. Lamento profundamente que informações parciais e interpretações precipitadas tenham sido divulgadas de forma midiática e espetaculosa, atingindo de maneira injusta não apenas a minha imagem, mas também a de pessoas próximas a mim, inclusive familiares que nada têm a ver com minhas atividades profissionais.
Minha trajetória como médico, empresário e cidadão sempre foi marcada pela ética, transparência e dedicação diária ao trabalho. Nunca recebi apoio político de qualquer natureza, todo o meu caminho foi construído com esforço próprio, atuando de domingo a domingo em diferentes cidades, buscando crescer com responsabilidade e seriedade. Esclareço que as vultosas quantias em dinheiro e os carros de luxo apreendidos e veiculados na imprensa juntamente com minha imagem não me pertencem e não foram apreendidos em minha residência ou em qualquer das minhas empresas.
Encontro-me em liberdade em razão de decisão liminar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que reconheceu a ausência de fundamentos para a manutenção da prisão temporária. Reitero minha plena confiança nas instituições e no Poder Judiciário, e estou convicto de que, ao longo da investigação, todos os fatos serão devidamente esclarecidos, reafirmando a minha inocência.
Agradeço profundamente à minha família, aos amigos e a todos que me manifestaram solidariedade neste momento delicado, bem como à minha equipe jurídica, na pessoa do advogado Dr. Lucas Villa, pelo empenho e dedicação.
Teresina, 03/10/25
Dr. Bruno Santos Leal Campos