“Brasil vai ter papel de liderança para até 2030 termos um planeta sem fome”, diz ONU

O documento visa a promoção de ações conjuntas voltadas à promoção da segurança alimentar e combate à fome no país.

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Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias e o Diretor do Centro de Excelência do WFP, Daniel Balaban | Roberta Aline

O Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP), organização ligada à ONU, e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) assinaram, na tarde desta quarta-feira (22), um memorando de entendimento. O documento visa a promoção de ações conjuntas voltadas à promoção da segurança alimentar e combate à fome no país.

O Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias e o Diretor do Centro de Excelência do WFP, Daniel Balaban foram os responsáveis por assinarem o documento.

Entre as ações previstas no memorando, estão iniciativas de cooperação sul-sul, a exemplo do compartilhamento de informações sobre boas práticas no combate à fome promovidas pelo governo brasileiro, e a participação de gestores e da sociedade civil sobre programas de segurança alimentar e nutricional no âmbito internacional, saúde e nutrição, agricultura familiar e produção de alimentos agroecológicos, impulsionamento de sistemas alimentares sustentáveis, promoção da segurança alimentar e nutricional, e proteção social, também no âmbito do programa de cooperação desenvolvido pelo WFP em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

Após uma breve reunião entre os dois representantes, o acordo foi assinado na sala reservada para a imprensa no Centro de Convenções.

Wellington Dias e Daniel Balaban./ Foto: Roberta Aline

Após assinar o acordo, o ministro Wellington Dias disse que a celebração desse termo de cooperação, através do MDS com o programa mundial da alimentação, visa garantir as condições de situação alimentar. "Situações como essas da Palestina, Ucrânia e também do Rio Grande do Sul. O Brasil é um país que participa desse sistema de solidariedade, de ajuda mundial. O MDS além de cuidar do Brasil, também acompanha essas ajudas humanitária em relação a outros povos do mundo".

"Com esse termo vamos atuar com mais preparação, principalmente por meio dos agricultores familiares. Nessa parceria, queremos que o maior número de produtores, de modo especial aos pequenos, possam produzir alimentos, adequados às regras mundiais para garantir apoio, mas também tirar pessoas da baixa renda. Garantir as condições de integração do pequeno produtor com o mercado internacional", ressaltou o ministro.

BRASIL NA LIDERANÇA MUNDIAL

Daniel Balaban, destacou que o programa internacional atende cerca de 200 milhões de pessoas. "A ideia é que o Brasil comece a participar cada vez mais. E tem condições de apoiar os países que estão necessitados de alimentos. Essa é uma aliança que vai fortalecer a agricultura familiar, a produção brasileira. Todos ganham com essa aliança. O Brasil vai ter um papel de liderança mundial para até 2030 termos um planeta sem fome", disse.

Dias, durante a entrevista coletiva, afirmou que vários ministérios vão participar da efetivação dessa parceria com o PMA. Segundo ele, também haverá uma série de reuniões com os produtores. "É preciso preparar para que essas cooperativas possam estar prontas pra essa demanda", pontuou o diretor.

Questionado sobre a compra dos alimentos que foram alvo de Especulação por países da América Latina, em virtude da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul, Wellington explicou que o governo mantém a prioridade da compra por conta da facilidade de transporte dos produtos, mas que a importação de países da Ásia não está descartada. 

"O MDS coordena o Caisan. Por conta disso estamos, juntos ao ministro Fávaro com a compra autorizada de 1 milhão de toneladas autorizadas. Claramente, teve uma ação especulativa, mas a autorização brasileira é para qualquer lugar do mundo, levando em conta a facilidade de chegar o produto no Brasil. O Brasil tá trabalhando alternativas. Uma notícia boa é que a compra permite que tenhamos uma condição de abastecimento que nos dá segurança alimentar, que não faltará o produto. Estamos preferindo a compra de produtos de países vizinhos, mas se continuar essa especulação e aumento do preço, já está autorizada a compra de qualquer lugar do mundo", declarou o ministro Wellington Dias.

ABERTURA DO G20

Na manhã desta quarta-feira (22), ocorreu abertura da 3ª reunião da Força-Tarefa para construção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no Centro de Convenções de Teresina. Representantes das vinte maiores economias do mundo estão reunidos até sexta-feira (24) para discutir estratégias de combate à fome e à pobreza. Além dos membros do G20, presidido por Lula, dez outras nações participam do evento.



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