Escrita por Eliaquim de Paula
Câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens chegaram em uma motocicleta para assaltar a joalheria Core Deluxe, na zona Leste de Teresina, em outubro de 2025. As imagens, somadas a evidências coletadas durante a investigação, permitiram à Polícia Civil do Piauí identificar a quadrilha responsável pelo roubo de aproximadamente R$ 2 milhões em joias. Nesta sexta-feira (12), o DRACO deflagrou a Operação Crisol de Ouro e prendeu quatro suspeitos de participação direta no crime.
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Quem são os suspeitos
Entre os presos está Abimael Costa Viana, apontado como um dos executores do roubo e novamente detido no bairro Marquês, na Zona Norte, com a tornozeleira eletrônica descarregada. O delegado Laércio Evangelista explicou que o suspeito já havia sido preso com parte das joias e uma arma logo após o crime, mas respondia em liberdade mediante medidas cautelares.
Também foram presos: Paulo Jansen Pereira Quaresma Filho, vigilante da loja, suspeito de repassar informações internas sobre a rotina do estabelecimento; Wellington Francisco Pereira da Silva: empresário e receptador, investigado por manipular e derreter joias de origem ilícita.
As equipes continuam as buscas por Francisco Wallison Moraes Cunha, conhecido como "Bruno Show." Ele não foi encontrado nos três endereços visitados pelos policiais.
Como ocorreu o assalto
O crime aconteceu em 8 de outubro de 2025. Segundo a investigação, dois homens armados entraram no imóvel, renderam o vigilante e seguiram diretamente para um escritório no piso superior da joalheria Core Deluxe. Lá, pegaram uma maleta com peças avaliadas em aproximadamente R$ 2 milhões. Parte das joias foi recuperada dias depois, durante a primeira prisão de Abimael.
As imagens de segurança mostram o momento exato em que os suspeitos chegam ao local de motocicleta. A gravação foi determinante para confirmar a participação do executor do crime.
Próximos passos da investigação
Os mandados cumpridos incluíram prisões temporárias e buscas domiciliares para reforçar as provas, localizar bens ilícitos e permitir o sequestro patrimonial dos suspeitos.
“Estamos trabalhando para responsabilizar todos os envolvidos e continuar combatendo crimes de roubo e receptação de joias de alto valor no estado”, afirmou o delegado Laércio Evangelista.
A Polícia Civil também apura se o mesmo grupo esteve envolvido no assalto à joalheria Brilhante, ocorrido dias depois, em investigação que conta com apoio da Polícia do Maranhão.