Iago dos Santos Machado foi preso na manhã desta sexta-feira (19) suspeito de envolvimento no assassinato de Yara Beatriz da Silva de Sousa, de 24 anos, morta a tiros na zona Sul de Teresina. A ação faz parte de uma operação da Polícia Civil do Piauí, que também resultou na apreensão de um carro preto apontado como o veículo usado no crime.
O homem foi localizado na região do Parque Vitória, conforme apurado pela reportagem. Segundo a polícia, ele assumiu ser proprietário do automóvel utilizado na execução. A delegada Nathalia Figueiredo disse, no entanto, que ainda não está caro se ele estava ou não no carro no momento no crime. "Quando ele foi ouvido, o depoimento dele apresentou diversas inconsistências. São diversos indícios que apontam essa autoria", falou.
A equipe da TV Meio Norte flagrou a chegada dele à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Veja:
MORTE DE YARA BEATRIZ
Yara Beatriz foi morta na tarde do dia 7 de dezembro na Vila Afonso Gil, no bairro Parque Piauí. De acordo com informações da Polícia Militar do Piauí, a jovem estava próxima a um bar quando caminhou em direção a um carro que se aproximou da rua. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que os disparos são feitos de dentro do veículo. A vítima ainda tentou correr, mas caiu poucos metros depois. O carro deixou o local em seguida.
As investigações apontam duas linhas principais. A primeira considera a possibilidade de o crime ter relação com o tráfico de drogas na região. A segunda hipótese avalia um possível acerto de contas entre grupos criminosos que atuam na Zona Sul da capital. A polícia confirmou que já identificou dois homens que estariam dentro do carro no momento do ataque.
A vítima era irmã de Maria Eduarda de Sousa, conhecida como 'Charmosinha do 15', que já foi presa diversas vezes. A relação familiar reacendeu discussões sobre possíveis vínculos da jovem com facções criminosas que atuam na zona Sul da capital. Yara também era sobrinha de Eliezio Dias Pereira, desaparecido desde 29 de junho na região do Grande Promorar. Dias após o sumiço, uma ossada foi encontrada na Estrada da Alegria, fato que aumentou ainda mais as suspeitas sobre conflitos envolvendo grupos criminosos.
O caso continua sob investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. Até o momento, a Polícia Civil não divulgou detalhes sobre a motivação do crime nem sobre a participação individual dos suspeitos.