Em colaboração com Ananda Soares
A Polícia Civil do Piauí investiga o envolvimento de um servidor do Centro de Controle de Zoonoses de Teresina, de um sargento da Polícia Militar e de uma suposta protetora de animais em castrações ilegais realizados em animais na capital. Os três estão entre os alvos da Operação Falso Vet, deflagrada nesta segunda-feira (12) pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
PROCEDIMENTOS ILEGAIS
Cinco pessoas foram presas nesta primeira fase da operação. Segundo as investigações, os suspeitos realizavam castrações clandestinas em residências, sem qualquer registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). Os procedimentos eram feitos com equipamentos improvisados, em condições insalubres, e sem o uso de anestesia adequada.
Um dos alvos é Maria Lídia da Silva, mulher que se apresentava como protetora de animais nas redes sociais. Ela foi presa em casa, na zona Sul de Teresina. Além dela, a polícia também apura o papel do sargento da PM e do servidor do Zoonoses, identificado como Denivaldo Lobão Veras, nas cirurgias irregulares.
“Os animais eram submetidos a intervenções com relaxante muscular, que os impedia de se mover, mas não de sentir dor. Muitos desenvolveram infecções e morreram”, afirmou a delegada Adília Klein, responsável pelo caso.
ANIMAIS APREENDIDOS
A polícia apreendeu gatos e cachorros que teriam passado recentemente pelas cirurgias. Um dos cães, segundo veterinários ouvidos pela equipe, apresentava sinais graves de complicações pós-operatórias.
A delegada não descarta novas prisões nos próximos dias. A Operação Falso Vet segue em andamento para identificar outros envolvidos que se passam por veterinários e oferecem serviços ilegais em Teresina.