Em colaboração com Jéssica Machado.
Após a circulação de um vídeo nas redes sociais mostrando um bebê com hematomas pelo corpo, o Conselho Tutelar Norte de Teresina iniciou a investigação de uma denúncia de supostas agressões à criança. Em entrevista à Rede Meio Norte, a conselheira Daniele Fernandes relatou que o caso foi comunicado à instituição entre a noite de sexta-feira (29) e a madrugada de sábado (30).
“Quando chegamos no local, a mãe não se encontrava e nem a criança. Se encontrava a tia, que de imediato negou toda a denúncia. No uso das atribuições do conselho, de averiguação da denúncia, entregamos uma notificação para estar comparecendo na segunda no Conselho Tutelar”, disse a conselheira.
Ao todo, seis pessoas residem na casa, localizada na zona Norte de Teresina, segundo Daniele: o bebê, seus dois irmãos gêmeos de aproximadamente 2 anos, a mãe das crianças, além da avó e da tia materna. A conselheira ainda relatou que a mulher negou as agressões no filho e apresentou sua versão do ocorrido.
“A mãe relatou que a denúncia não procede. Que tudo decorreu de uma queda do bebê e as mordidas no qual consta no corpo da criança foram feitas pelos dois irmãos gêmeos, no qual em um descuido dela aconteceu isso”, afirmou.
De acordo com a mãe, o vídeo foi feito por um amigo que estava na residência. “Ele gravou o vídeo, ela relata que não foi, ela crê, que não foi na intenção de prejudicá-la e esse vídeo circulou e tomou uma proporção muito grande. Foi de fato que nos levou até aqui para estar averiguando essa denúncia. E ela relata que também foi um momento de descuido dela, mas de fato houve assim uma negligência por parte dela”, completou a conselheira.
MÃE ESTAVA TRABALHANDO
No momento em que os hematomas teriam ocorrido, a mãe alegou que estava trabalhando, o que foi constatado pelo conselho através das câmeras de monitoramento do seu local de trabalho. No entanto, o conselho destacou que diante da negligência por ter deixado as crianças sozinhas, uma advertência por escrito foi aplicada à ela.
“Consequentemente foi encaminhado a situação para o Judiciário da Primeira Vara da Infância e Juventude, e também encaminhado é, para, para a DPCA, porque foi feito um boletim de ocorrência que a suposta família paterna fez”, disse o conselheiro tutelar Marcos Vinícius.
A mãe do bebê ainda explicou ao Conselho Tutelar que seria usuária de drogas e que estava buscando tratamento.
“Já que a mãe estava pedindo ajuda, nós encaminhamos a situação para o CAPS e ela decidiu aderir ao tratamento e também encaminhamos para o CREAS para que ele possa fazer todo esse acompanhamento no seio familiar”, finalizou o conselheiro.
CRIANÇAS ESTÃO BEM
As crianças foram entregues à avó materna, que reside na zona rural de Teresina. Um termo de responsabilidade foi aplicado, e o Juizado da Primeira Vara da Infância e Juventude já tem ciência desse termo, garantindo a proteção das crianças. O bebê também passou por atendimento médico.