A delegada Nathalia Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que ainda é cedo para apontar a causa da morte de Tainá da Silva Sousa, de 22 anos. A jovem foi encontrada sem vida na noite desta segunda-feira (21), em um apartamento no conjunto Torquato Neto, Zona Sul de Teresina.
Segundo a delegada, a investigação depende do laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) para confirmar se houve algum tipo de violência. A possibilidade de suicídio também é considerada neste momento.
“A respeito desse caso, não vou poder me posicionar ainda, porque preciso das impressões legistas da médica que está avaliando o corpo. Se a gente tiver um indício do IML de que de fato houve violência. É um pouco temerário até para a família, porque houve essa possibilidade de suicídio. Vou aguardar. Acredito que ainda hoje terei um posicionamento da médica que está analisando o cadáver da Tainá”, declarou Nathalia Figueiredo.
Tainá foi vista pela última vez no domingo (20), na companhia do primo, com quem teria passado o dia consumindo bebida alcoólica. Desde então, ele não foi mais visto. De acordo com vizinhos, o silêncio da jovem causou preocupação. Ao olharem pela janela, moradores perceberam o corpo em cima da cama e acionaram a polícia.
A jovem estava vestida com um sutiã e uma peça íntima masculina. Havia marcas roxas no corpo e arranhões no pescoço e no rosto, segundo testemunhas. Também foram encontradas cartelas de remédio no local.
O corpo foi recolhido pelo IML, onde passa por exames que devem indicar se a morte ocorreu por causas naturais, por intoxicação ou por violência. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa segue acompanhando o caso. O homem que estava com Tainá antes da morte ainda não foi localizado.
Segundo vizinhos, a jovem morava no apartamento há cerca de 10 anos e era conhecida por ser tranquila e próxima da comunidade.