Em colaboração com Ananda Soares
A dor da perda e a falta de respostas têm marcado os dias da família de Gilzandra Feitosa, técnica em enfermagem encontrada morta dentro de um carro no dia 13 de dezembro, na zona rural de Várzea Grande, Sul do Piauí. Em um vídeo enviado ao programa Bom Dia Meio Norte, a filha da vítima, Thamalla Feitosa, fez um apelo para que as autoridades reforcem as buscas pelo principal suspeito do crime, Manoel da Cruz, que segue foragido.
“Eu sei que as autoridades estão tomando as medidas cabíveis, mas eu queria que tivessem um pouco mais de atenção no caso da minha mãe. Eu estou fazendo um apelo, em meu nome e no nome da minha família”, disse Thamalla.
Segundo Thamalla, a família não consegue ter paz enquanto o suspeito não for preso. “Os dias têm sido muito difíceis. A gente não consegue dormir direito sabendo que a pessoa que tirou a vida da minha mãe ainda está solta. A gente pede mais policiamento, drone, helicóptero, mais policiais nas buscas”, falou.
Homenagens e saudade
Nas redes sociais, Thamalla tem feito publicações para homenagear Gilzandra e falar da saudade. Em uma das postagens, ela pediu forças para seguir com a vida em meio à ausência da mãe. “Os dias não são mais os mesmos sem falar contigo, sem ouvir sua voz. A gente fez tantos planos. Me dê muita força, mãe, porque não vai ser nada fácil”, escreveu.
Thamalla disse que sabe que nada vai trazer a mãe de volta, mas acredita que a prisão do suspeito pode trazer um pouco de conforto.
Crime e investigação
Gilzandra Feitosa foi encontrada morta na manhã do dia 13 de dezembro, dentro de um carro, na localidade Chapada do Sítio Novo, zona rural de Várzea Grande. Ela estava desaparecida desde a noite de quarta-feira (10) e havia sido vista pela última vez na companhia do ex-companheiro.
O veículo foi localizado por uma equipe da Polícia Militar, que isolou a área até a chegada da perícia. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), que vai apontar a causa da morte.
Informações preliminares indicam que Gilzandra foi encontrada sem roupas dentro do carro, o que levanta a suspeita de violência sexual. A hipótese será investigada pela Polícia Civil.
Suspeito segue foragido
Após o crime, Manoel da Cruz teria sido visto na zona rural de Barra d’Alcântara, onde moradores relataram que ele pediu água e comida. Desde então, ele não foi mais visto. A situação tem causado medo entre os moradores da região.
A Polícia Civil informou que o caso é investigado pelo delegado Felipe Menezes, da região de Várzea Grande. Um número foi disponibilizado para denúncias anônimas que possam ajudar a localizar o suspeito.
Gilzandra e Manoel da Cruz foram casados por cerca de nove anos e estavam separados há alguns meses. Familiares relataram que, antes do crime, ele teria comprado uma passagem de ônibus, o que pode indicar tentativa de fuga.
A morte de Gilzandra causou forte comoção em Francinópolis, onde ela morava. Ela deixa três filhos, de 25, 21 e 19 anos. O caso segue sob investigação, e a família continua pedindo justiça.