Servidores lotados no Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar do Piauí estão sendo ouvidos nesta terça-feira (22) como parte do inquérito que apura a entrada irregular de um celular e um tablet na sala de Estado-Maior onde estava custodiada a vereadora Tatiana Medeiros. Os depoimentos ocorrem no próprio comando da PM.
Todos os servidores que estavam de serviço no dia em que os aparelhos foram encontrados estão participando dessa ação. O objetivo da investigação é apurar de que forma os equipamentos entraram na cela e se houve negligência por parte dos militares responsáveis pela segurança.
CELULAR E TABLET NA CELA
Os dispositivos eletrônicos foram localizados durante uma vistoria realizada na manhã do dia 20 de maio. Tatiana Medeiros estava detida no local desde abril, sob acusação de envolvimento com facção criminosa, lavagem de dinheiro, compra de votos e falsidade ideológica.
O Ministério Público Militar e a Polícia Militar do Piauí abriram investigações paralelas para identificar possíveis responsáveis. A corporação instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar responsabilidades internas.
Segundo o promotor militar Assuero Stevenson, caso fique comprovada a facilitação por parte de algum militar, o caso será levado à Justiça Militar Estadual. Se for constatada participação de civis, o inquérito será remetido à Secretaria de Segurança Pública.
Tatiana Medeiros foi transferida para prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica no mês de junho, mesmo após o Ministério Público Federal ter acesso a provas que apontam que ela manteve contato, inclusive por chamadas de vídeo, com o namorado Alandilson Cardoso, suspeito de liderar uma facção criminosa.