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Suspeito de liderar assalto que terminou com morte de PM no Piauí respondia a 12 processos criminais

Ele comandava um grupo criminoso suspeito de realizar diversos assaltos na zona rural de José de Freitas

Júlio César de Sousa Araújo, de 30 anos, morreu após um confronto com a polícia | Reprodução

O homem morto em confronto com a polícia na última sexta-feira (10) foi identificado como Júlio César de Sousa Araújo, de 30 anos. Segundo a Polícia Militar, ele era o líder de um grupo criminoso suspeito de realizar diversos assaltos na zona rural de José de Freitas e de estar envolvido no crime que resultou na morte do soldado Igor da Costa Alves, de 29 anos.

De acordo com o tenente-coronel Alves, comandante do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI), Júlio César era considerado “um criminoso de alta periculosidade” e tinha 12 passagens pela polícia.

O policial Igor da Costa morreu após um tiro acidental em uma viatura. Ele havia trocado tiros com criminosos antes do ocorrido | Foto: Reprodução

“O Júlio César era um criminoso de alta periculosidade, um indivíduo já com extenso histórico criminal. Só de processos, ele respondia a 12. Em um deles, foi condenado por sete roubos”, afirmou o comandante.

O policial explicou que o suspeito liderava um grupo responsável por diversos crimes, entre eles roubos, tráfico de drogas e homicídios. “Ele era líder de um grupo que organizava vários roubos, assaltos e homicídios. Já havia atacado forças de segurança três vezes”, destacou Alves.

Ainda segundo o comandante, Júlio César atuava desde a adolescência, cometendo crimes tanto em Teresina quanto no interior do estado. “Era um indivíduo que estava nesse mundo do crime desde cedo, oprimindo famílias e comerciantes da zona rural de José de Freitas e também na capital”, disse.

O confronto

Na sexta-feira (10), equipes do BEPI localizaram o suspeito em uma área de mata na cidade de Altos, região metropolitana de Teresina. Ao ser cercado, Júlio César teria reagido.

“A equipe foi recebida a tiros. Ele reagiu à abordagem e acabou sendo baleado. Mesmo assim, foi socorrido pelos próprios policiais e levado ao hospital de Altos, mas não resistiu”, explicou o comandante Alves.

O BEPI também apreendeu a pistola usada pelo criminoso no confronto. Segundo o tenente-coronel, a mesma arma havia sido usada em um assalto anterior, quando o grupo tomou uma caminhonete de um morador para fugir do cerco policial.

“Naquela noite, eles tomaram uma caminhonete e colocaram uma arma na cabeça do proprietário para fugir. Isso mostra a agressividade e a frieza dele e do grupo”, disse.

Histórico do caso

O soldado Igor da Costa Alves, da Polícia Militar, morreu durante uma operação contra o grupo de Júlio César, na zona rural de José de Freitas. O disparo que o atingiu foi acidental e aconteceu dentro da viatura, logo após uma troca de tiros com os criminosos.

Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que os policiais tentavam interceptar o bando. Durante a ação, Igor foi baleado na coxa, teve a veia femoral atingida e não resistiu aos ferimentos.

Júlio César, que já havia sido condenado a 29 anos de prisão por tráfico, posse ilegal de arma e roubo, estava foragido do sistema penitenciário.

O Comando-Geral da PM informou que segue prestando assistência à família do soldado Igor, e que as equipes continuam as buscas pelos outros dois integrantes do grupo, que seguem foragidos.

“Estamos intensificando as diligências para localizar os demais envolvidos. Esse grupo causou medo e prejuízos a muitas famílias, mas a polícia está atuando firme para desarticular todos”, concluiu o tenente-coronel Alves.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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