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Eliézer Rodrigues

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Chapa MDB/PSD mira até 13 deputados e redesenha correlação de forças

Nos bastidores há uma preocupação quanto a robustez do grupo ligado a Georgiano Neto.

Tiago Vasconcelos está no grupo ligado ao deputado Georgiano Neto. | ASCOM/ALEPI

Com a colaboração de Francy Teixeira

A construção da chapa proporcional do MDB, em composição com quadros oriundos do PSD, tem movimentado intensamente os bastidores da política estadual. A articulação envolve um grupo ligado ao pré-candidato a deputado federal Georgiano Neto, hoje integrado à estratégia eleitoral do MDB, e levanta tanto expectativas de fortalecimento quanto receios internos sobre o equilíbrio de forças para os próximos pleitos.

Nos bastidores, a avaliação é de que o grupo ligado a Georgiano trabalha para formar um bloco robusto, com a possibilidade de lançar até cinco eleitos para a Assembleia Legislativa. Entre os nomes citados estão Júlio César Filho, Simone, Tiago Vasconcelos, Marden Menezes e Toninho de Caridade.


FORÇA POLÍTICA | TEMOR INTERNO

A principal preocupação entre aliados é o crescimento excessivo do grupo de Georgiano dentro da base governista. A leitura é de que a soma de forças familiares e eleitorais pode torná-lo um ator político de grande peso.

O cenário desenhado nos bastidores considera que Georgiano reúne uma base expressiva: o pai senador, a mãe senadora, o próprio deputado federal e a possibilidade de eleger cinco deputados estaduais. Para interlocutores do campo governista, esse conjunto pode abrir caminho para uma candidatura majoritária no futuro.

O temor velado é que, fortalecido, Georgiano possa se viabilizar como candidato a governador, inclusive em um cenário de enfrentamento ao próprio PT, atual partido no comando do Executivo estadual.


CHAPA PROPORCIONAL | DISPUTA POR ESPAÇO

Apesar das especulações, a composição entre MDB e quadros vindos do PSD é vista por defensores da aliança como estratégica para ampliar o tamanho da bancada. O discurso público, no entanto, é de cautela e diálogo.

O deputado estadual Tiago Vasconcelos (MDB), um dos nomes citados na formação da chapa, defendeu a construção coletiva e projetou um desempenho expressivo nas urnas.

A composição. Eu sempre defendi essa composição entre pré-candidatos que estavam no PSD, ou deputados que foram para o PSD, somados com o MDB. Eu acredito que essa composição, trazendo mais alguns nomes, pode fazer com que o MDB eleja, no próximo pleito — isso também depende do povo votando nesses candidatos — entre 12 e 13 deputados estaduais”, afirmou.


EXPECTATIVA | NÚMEROS EM ABERTO

Questionado sobre quantos eleitos viriam especificamente do grupo ligado ao PSD, Thiago Vasconcellos evitou projeções fechadas e destacou que o cenário ainda está em construção.

Se serão cinco, seis, quatro ou três oriundos do PSD, eu não tenho como prever. Isso é algo que vai ficar para o próximo ano. Todo mundo vai colocar sua candidatura à disposição e vai dialogar”, explicou.


PROJEÇÃO | OTIMISMO NO MDB

Mesmo diante das disputas internas e dos receios de concentração de poder, Tiago Vasconcelos avaliou o cenário como positivo para o partido.

No geral, eu acho que a gente tende a eleger de 12 a 13 deputados através dessa chapa do MDB. É algo muito positivo”, concluiu. 

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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