Catadores de lixo realizaram um protesto na entrada do aterro sanitário de Teresina, localizado na zona Sul da capital, na manhã desta terça-feira (9). Para impedir a entrada e saída de caminhões, os manifestantes atearam fogo em sacos de lixo. Eles se manifestam contra a decisão da prefeitura de enviar os resíduos sólidos para dois aterros privados.
Em julho, o prefeito Silvio Mendes anunciou a desativação parcial do aterro após a morte do menino David Kauan, de 12 anos, que foi atropelado por um trator enquanto dormia no local. A medida determina que o local passe a receber apenas resíduos de varrição e capina da cidade. Mais de 400 catadores pedem que o aterro continue funcionando, pois é de lá que tiram seu sustento.
Whanderson Moita, representante dos catadores, afirmou que o grupo não busca indenização ou auxílio financeiro, mas pede atenção do prefeito para que seja feita a terraplanagem necessária. Eles reivindicam que os caminhões de coleta continuem entregando material reciclável no local. Segundo ele, sem essa ação, a categoria ficará sem recursos para trabalhar e sustentar suas famílias.
“O que estamos pedindo é a compreensão dele, para que olhe o terreno. Ele disse que não existe, mas existe sim, e precisa ser feita a terraplanagem para que os carros da coleta de lixo possam deixar o material aqui. Assim, nós, catadores, conseguimos separar, reciclar, vender e manter nossas famílias", falou.
A manifestação foi acompanhada por equipes da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal. Por volta das 10h30, representantes da Prefeitura de Teresina chegaram ao local para dialogar com os catadores.