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PRF quer donos de animais punidos por mortes no trânsito no Piauí: “A responsabilidade é deles”

Só em 2024, a PRF apreendeu 2.836 animais nas BRs que cortam o estado.

Helder Felipe e o inspetor Fabrício Loiola | Foto: Reprodução

O Piauí já registrou mais de 30 mortes em acidentes com animais nas estradas nos primeiros quatro meses de 2025. Os dados são do Observatório de Trânsito da Secretaria de Segurança Pública, que contabilizou 65 óbitos em 2024. Somente na rodovias federais, foram 68 sinistros, com 8 mortes. 

Em entrevista ao Podmeio, o Superintendente da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Fabrício Loiola, afirmou que os proprietários podem ser penalizados com multas e até responderem pelos crimes de lesão corporal e homicídio culposo ou doloso. Segundo ele, a instituição vem atuando de forma colaborativa com a SSP-PI, Polícia Militar e Polícia Civil, por meio da Operação Porteira Fechada.

“A operação traz a identificação do proprietário, para que seja possível a responsabilização criminal, através da aplicação de uma pena e do processo criminal, e também a responsabilização civil. Que o proprietário daquele animal possa responder e tenha o dever de ressarcir o dano que ele causou”, disse.

Só em 2024, a PRF apreendeu 2.836 animais nas BRs que cortam o estado. O levantamento que resulta na identificação dos proprietários é feito por meio das marcas nos animais, que são cadastradas em um banco de dados da ADAPI e da SSP-PI: “Aquelas marcas, elas são registradas para identificar o proprietário. Inclusive, a gente está buscando experiências ao longo do mundo todo, para apresentar com o propósito de solução. Aquela marca, ela é registrada, mas ela tem uma dificuldade, por quê? E quando aquele animal foi comercializado? E quando mudar o local? A solução de repente é substituir por selos de plástico, aqueles selos invioláveis”.

O perigo é maior no turno da noite, quando os animais buscam se aquecer no asfalto:  “Tanto no período noturno como no período chuvoso, ele tende a procurar o asfalto para se aquecer. O pessoal costuma ver no Piauí aquela vegetação seca e associa a calor, mas no período chuvoso, o que a gente chama de sabiazal, que é uma mistura de caatinga com a vegetação de transição, ela retém aquela temperatura, ou mais quente, ou mais frio, então, quando chove, o animal sente o impacto daquilo, e aí ele sobe para asfalto para buscar se aquecer”, afirmou.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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