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Niéde conversava com os milênios...era uma guardiã do tempo!!

A arqueóloga morreu no dia 04 de junho

Niéde Guidon | Reprodução

A arqueóloga Niéde Guidon morreu na madrugada desta quarta-feira, dia 04 de junho de 2025,  aos 92 anos de idade. A  pesquisadora reconhecida internacionalmente foi uma pioneira em descobertas sobre o povoamento do continente americano. Ela liderou escavações que revelaram a presença humana nas Américas há mais de 50 mil anos...muito antes do que se acreditava até então.  Niéde transformou a Serra da Capivara em um dos sítios arqueológicos mais importantes do mundo e lutou por investimentos e infraestrutura para o parque. Ela era presidente emérita da Fundação Museu do Homem Americano, criada em 1986.

Veja a reportagem exibida no Jornal Agora:

Ela era muito mais do que uma cientista...Niede foi uma incansável defensora da preservação do patrimônio cultural e natural do país. Nasceu em Jaú no interior de SP em 1933 e teve uma trajetória marcada pela paixão, pela persistência e por uma visão generosa da ciência como um instrumento de transformação social.

O Parque Nacional da Serra da Capivara foi criado em 1979 quando Niede Guidon e outros pesquisadores  solicitaram ao governo brasileiro, o estabelecimento de uma área protegida na região. Ela só se aposentou em 2020 aos 87 anos de idade, por causa de problemas da saúde como sequelas da Chikungunya.

Uma trajetória marcada pela paixão, pela persistência e por uma visão generosa da ciência como um instrumento de transformação social.  Neide morreu em casa em São Raimundo Nonato e foi enterrada no próprio quintal, uma extensão do parque que ela ajudou a criar. Ela recebeu várias homenagens nas redes sociais.  O governador Rafael Fonteles disse que "recebeu a notícia com muita tristeza e que Neide dedicou a vida a ciência e a preservação do parque nacional transformando o Pi em um protagonista global na conservação da natureza e do patrimônio cultural da humanidade".

A prefeitura de Teresina também divulgou uma nota e disse que “O mundo perde uma das maiores defensoras da nossa história e do nosso patrimônio”. O  Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias  também se manifestou e disse que  “O Brasil perdeu uma das maiores referências em ciência, cultura e compromisso com o povo”.

A história de Niede Guidon foi incrível. Uma mulher a frente do próprio tempo e o tempo foi o principal protagonista de uma vida dedicada a ciência…

O nome dela vai estar gravado para sempre nas pedras que ela ajudou a a revelar e nos corações de todos aqueles que sonham com um país que valorize o patrimônio e os cientistas. 

Ela virou livro, música, filme...também é nome de pássaro e agora esta eternizada no parque que fundou.

Niéde conversava com os milênios...era uma guardiã do tempo!!

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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