O corregedor-geral da Polícia Militar do Piauí, coronel New Marcos Pessoa Basílio, detalhou quais procedimentos serão tomados contra os dois PMs presos na manhã desta sexta-feira (25) pela Polícia Federal. Trata-se de Fabrício de Sousa Vanderley e Hermes Ferreira de Andrade Filho, suspeitos de integrar um grupo criminoso especializado em arrombamentos e furtos a instituições bancárias.
PROCEDIMENTOS CABÍVEIS
Segundo a autoridade, a corregedoria acompanhou todo o procedimento e abriu um processo de apuração disciplinar, que deve durar entre 40 e 60 dias, para verificar se os policiais devem permanecer na corporação e analisar as denúncias apresentadas.
Esse processo tem tempo, pode ser de 40 a 60 dias, pode prolongar-se mais, dependendo dos recursos emprestados pelos advogados. Eles terão o direito à defesa, como todo cidadão brasileiro tem e o processo vai correr e ao final dele vai se apurar se isso se confirma, se as denúncias se confirmam, se eles merecem permanecer ou não. [...] Para que depois nós possamos tomar as nossas medidas legais cabíveis.
Conforme a PF, a operação visa desarticular o grupo oriundo de Santa Catarina, responsável por causar prejuízos milionários à Caixa Econômica Federal através de arrombamentos de caixas eletrônicos no interior do Piauí e em outros estados. O delegado José Nunes, da PF, destacou:
Esse grupo criminoso identificado na operação de hoje, na verdade, já é uma investigação que vem aí desde do ano de 2023, quando a Polícia Federal identificou esse grupo criminoso dedicado aos arrombamentos aí em série as instituições bancárias,
Eles contaram com o apoio de agentes públicos que, valendo-se dos cargos, forneceram informações privilegiadas para garantir o êxito em ao menos cinco crimes no estado.
DESDOBRAMENTO DE OUTRA OPERAÇÃO
Esta operação é a continuação da "Muros Baixos", iniciada há cerca de 45 dias, que prendeu 2 suspeitos por planejar roubos a caixas eletrônicos na região de Teresina durante o Carnaval. Os investigados podem responder por furto qualificado, associação criminosa, corrupção passiva, entre outros crimes.