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Delegado não descarta envolvimento de vereadores e novas prisões em esquema de rachadinha

As investigações apontam que Suelene Pessoa comandava a distribuição de dinheiro público de forma irregular através de “rachadinha” e lavagem de dinheiro.

Ex-prefeito Doutor Pessoa, Sol Pessoa, e a coletiva sobre a Operação Gabinete de Ouro | Foto: Reprodução/Saymon Lima/Portal MeioNews
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A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR), investiga ao menos 14 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de rachadinha que teria sido liderado por Suelene da Cruz Pessoa, sobrinha e ex-chefe de gabinete do ex-prefeito de Teresina, Doutor Pessoa. Ela foi presa. 

Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (14) acerca da Operação Gabinete de Ouro, o delegado Ferdinando Martins, da DECCOR, contou que mais pessoas podem ser presas, incluindo ex-vereadores de Teresina que atuaram durante a gestão de Doutor Pessoa. 

Essa é a primeira fase, e conseguimos identificar (mais pessoas). O trabalho prossegue, são 14 alguns que a gente vai analisar, documentos, materiais apreendidos, foram 3 veículos apreendidos, um apartamento e um imovel, esses são de ex-servidores públicos envolvidos nesta condutas criminosas [...] a gente vai evoluir os trabalho e certamente aprofundar as diligência, porque a gente tem elementos para isso, enfatizou o delegado Ferdinando Martins.

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O QUE ACONTECEU?

A Polícia Civil do Piauí deflagrou nas primeiras horas da manhã, a Operação Gabinete de Ouro, que investiga um suposto esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos durante a gestão do ex-prefeito de Teresina, Dr. Pessoa.

Entre os presos está Suelene da Cruz Pessoa, ex-assessora especial e ex-chefe de gabinete do então prefeito. Além dela, também foram detidos um empresário e outros dois homens. Eles teriam movimentado R$ 14 milhões com o esquema.

Coletiva sobre a Operação Gabinete de Ouro | FOTO: Saymon Lima

A Justiça também determinou o sequestro de bens e valores que somam mais de R$ 75 milhões, incluindo imóveis de luxo, veículos e terrenos. Aparelhos eletrônicos apreendidos podem confirmar a participação ou não de vereadores atuais de Teresina. 

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA?

As investigações apontam que Suelene Pessoa comandava a distribuição de dinheiro público de forma irregular através de "rachadinha" e lavagem de dinheiro. Sol centralizava decisões e controlava pagamentos dentro da sede da Prefeitura de Teresina.

Conseguimos comprovar que uma servidora pública, que era chefe de gabinete do ex-prefeito, tinha forte gestão e controle sobre todos os atos da administração. Ela atuava diretamente na lotação e realocação de servidores, além de influenciar pagamentos e contratos com fornecedores [...] verificamos que alguns imóveis adquiridos por ela estavam ligados ao recebimento de vantagens ilícitas. Dois operadores financeiros faziam pagamentos, recebiam valores e intermediavam transações com fornecedores para facilitar o trânsito de recursos dentro da gestão, explicou o delegado.

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