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Empresária Nayanna Fonseca usava empresas de fachada para lavar dinheiro, diz polícia

A prisão da empresária aconteceu em um condomínio de luxo na zona Leste de Teresina.

Operação jogo sujo prende influenciadora Nayanna Fonseca no Piauí | Foto: Reprodução
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A empresária Nayanna Lima Fonseca, investigada por envolvimento em um esquema de jogos de azar ilegais e na divulgação de plataformas de apostas online foi uma das presas na 'Operação Jogo Sujo 3' deflagrada pela Polícia Civil do Piauí. A prisão aconteceu em um condomínio de luxo na zona Leste de Teresina.

Suspeita de lavagem de dinheiro

Segundo o delegado Humberto Mácola, coordenador do Departamento de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), Nayanna utilizava diversas empresas em seu nome, muitas delas sem existência real, como forma de lavar dinheiro e ocultar valores ilícitos.

“Muitas empresas só existem no papel. É um forte indício de lavagem de dinheiro e ocultação. As investigações comprovaram movimentações que não eram declaradas. Quando a gente deflagra uma operação dessa é porque as provas são robustas e não há o que negar”, destacou o delegado.

O delegado ainda reforçou o recado à população: “A internet é maravilhosa para tudo, mas qualquer pessoa que utilize as redes sociais para cometer crimes, contravenções penais, lavagem de dinheiro ou associação criminosa será alcançada pela Polícia Civil.”

Como funcionava o esquema

A Operação Jogo Sujo 3 integra o programa estratégico Pacto Pela Ordem e teve ações realizadas nas zonas Norte, Sul e Leste da capital. O foco foi combater a exploração de jogos de azar, além de crimes ligados à organização criminosa e lavagem de dinheiro.

As investigações apontam que os suspeitos usavam contas de demonstração (“contas demo”) para simular ganhos fictícios e atrair seguidores para plataformas de apostas ilegais. Em alguns casos, vítimas chegaram a registrar prejuízos de centenas de milhares de reais.

O delegado Matheus Zanatta informou que foram pedidos o sequestro de veículos, o bloqueio de imóveis e a indisponibilidade de valores dos investigados. “Essas pessoas não têm compaixão. Fazem com que seguidores percam dinheiro em plataformas ilegais”, afirmou.

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