Uma estudante de 13 anos foi espancada por cerca de quatro meninas na porta da Escola Municipal Arthur Medeiros, na zona Sudeste de Teresina, na última quarta-feira (19). Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a adolescente sofre as agressões e outras pessoas tentam apartar a confusão. Veja o vídeo no final da matéria.
Em entrevista à Rede Meio Norte, Lia Araújo dos Santos, mãe da adolescente, relatou que a filha já estaria há aproximadamente três meses sofrendo com as intimidações. Segundo ela, o diretor da escola estava ciente da situação, mas não a informou.
“Não mandou me chamar para poder conversar. Inclusive no dia das agressões minha filha pediu para ele ligar para me pegar ela na escola porque ela já sabia o que ia acontecer e ele não tomou as devidas providências. Então a minha maior injustiça é essa, dele não ter me comunicado”, afirmou a mãe.
No vídeo, é possível ver o momento em que duas jovens estão discutindo e começam a puxar o cabelo uma da outra. A confusão se intensifica quando chegam mais adolescentes e começam a desferir socos e chutes contra a vítima, sendo necessária a intervenção.
“Inclusive foram quatro adolescentes que agrediram ela e outras duas filmaram. Eu creio que se não tivesse outras pessoas para poder apartar a briga, elas teriam feito o pior com minha filha”, disse.
MOTIVAÇÃO
“Discussão mesmo de amizade. Adolescentes querendo namorar”, disse Lia Araújo sobre a motivação das agressões. Um boletim foi registrado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e a estudante fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Segundo a mãe, o diretor da escola foi intimado para prestar os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido. Ela ainda destacou que a filha teve que ser levada para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) após ter náuseas e vomitar.
“A gente fez exame na quarta-feira mesmo, mas aí na sexta-feira ainda levei ela para o HUT para poder fazer os exames, porque ela não estava se sentindo bem, vomitando, tendo náuseas e teve o atendimento com o HUT, mas ela não se sente bem, eu creio que ela vai precisar ter também acompanhamento psicológico porque ela não quer mais sair de casa, ela não está se alimentando direito, então vai ser um processo”, disse a mãe.
A reportagem tentou entrar em contato com a Secretaria Municipal de Educação (Semec), no entanto, até o momento, não obteve retorno. O espaço segue aberto.