Um casal foi preso no último sábado (6) em um condomínio da Zona Sul de Teresina, ao tentar transportar móveis e eletrodomésticos adquiridos por meio de golpes. Eles estavam levando os produtos para Timon (MA), quando foram abordados pela polícia.
Segundo o delegado Charles Pessoa, do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), o casal, a estudante de Direito e um músico, agia sob influência de Juliana Jéssica Lirani Nóbrega Damascena, conhecida como “Dama do Estelionato”, presa em agosto por uso de documentos falsos e diversos golpes espalhados entre o Piauí e outros estados.
Ameaça contra policiais
O delegado contou que a polícia entrou em contato com o casal antes do flagrante, pedindo autorização para entrar no imóvel onde estavam os bens. No entanto, os policiais não receberam autorização e ainda foram ameaçados.
“Entramos em contato com esse casal na sexta-feira e solicitamos que eles autorizassem a entrada para apreender alguns produtos de crime. Mesmo sabendo que no apartamento havia materiais roubados, a estudante de Direito e o companheiro não autorizaram. Pelo contrário, nos ameaçaram, dizendo que se a gente entrasse sem mandado responderíamos criminalmente”, disse Charles Pessoa.
Com isso, a polícia monitorou o endereço e flagrou o momento em que o casal tentava retirar os objetos. “Eles já sabiam que voltaríamos com mandado, então tentaram tirar os produtos no fim de semana. Mas nossa equipe estava de olho. Fizemos a abordagem no caminhão e apreendemos colchões, cama box, sofás, geladeira, porcelanato, louças de luxo e torneiras avaliadas em milhares de reais”, explicou o delegado.
Ligação com a “Dama”
Charles Pessoa reforçou que o casal preso tem relação próxima com Juliana, a “Dama”, que mesmo já estando presa, continua envolvida em golpes.
“Quem praticou esse crime foi ela junto com outras pessoas. O casal foi autuado por associação criminosa e receptação. Se confirmarmos que eles também participaram dos estelionatos, serão indiciados por mais crimes”, destacou.
Investigação segue
O delegado afirmou ainda que as investigações continuam e alertou que todos que tiverem envolvimento com o grupo serão alcançados.
“Esses criminosos não terão espaço. Tentaram esconder os bens para que as vítimas não fossem restituídas, mas nossa resposta foi rápida. Eles devem permanecer presos porque, em liberdade, representam um risco muito grande para a sociedade”, concluiu Charles Pessoa.