Família clama por socorro para idosa com Parkinson e animais em situação de risco

Aos 73 anos, Francisca Oliveira sofre de Parkinson e abriga 14 cachorros e alguns gatos, mas sem condições física e financeira de mantê-los

Mesmo com doença de Parkinson, Francisca Oliveira cuida de 14 cachorros e vários gatos | Foto: Montagem/Arquivo pessoal
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A cabeleireira Flory Batista Oliveira Lopes está vivendo momento de tensão por conta da triste realidade vivida por sua irmã, Francisca das Chagas Oliveira, de 73 anos, portadora da doença de Parkinson, e que após ter a saúde agravada, ainda convive com 14 cachorros e vários gatos em uma casa no bairro Dirceu, zona Sudeste de Teresina, sem condições de ter o mínimo de uma vida digna. Diante do fato, Flory já fez Boletins de Ocorrência pedindo a retirada dos animais, mas nada foi feito até o presente momento.

Flory relata que quando sua irmã era mais nova e saudável, “sempre gostou de cuidar de animais (cachorros e gatos), pois quando via algum deles na rua precisando de cuidados, ela levava para sua casa e cuidava”, lembra.

Com o passar dos anos, ressalta a cabeleireira, sua irmã ficou idosa, com a saúde debilitada devido ao Parkinson e outras doenças, “mas hoje não tem mais condições de cuidar desses animais”, ressalta ela preocupada.

Francisca das Chagas Oliveira tem 73 anos e sofre de Parkinson. (Foto: Arquivo Pessoal)

Atualmente, a Francisca abriga 14 cachorros e alguns gatos, sem poder cuidar nem dela mesma, que o diga dessa quantidade de animas, conforme explica Flory Lopes. “A única fonte de renda que minha irmã tem é a aposentadoria, da qual não tem como mantê-la, pois tem gastos com remédios e alimentação, e aos animais, porque tem que gastar com ração e medicação quando necessário”, lamenta, acrescentando que, por conta disso, decidiu ir até a Delegacia do Meio Ambiente, isso depois de tentar falar por várias vezes com o Centro de Zoonoses, no ano passado, mas sem obter uma resposta.

Tentativa frustrada

Na delegacia, Flory conta que conversou com um agente civil e o delegado, que mandou intimar, através de um Boletim de Ocorrência, um representante do Centro de Zoonoses para resolver a situação. “Depois de três meses, voltei à delegacia para obter notícias sobre o BO, mas nada foi resolvido”, explica.

Boletins de Ocorrência que foram registrados pela cabeleireira em busca de uma solução. (Foto: Divulgação)

A cabeleireira frisa que sua irmã não tem condições, física e financeira, para cuidar desses animais e pede as autoridades que possam retirar os gatos e cachorros da casa dela. Até mesmo para receber visitas, a idosa não pode, pois as pessoas temem a reação dos animais. “Eu quero que tomem algum tipo de providência, pois minha irmã não pode ficar lá dentro da casa com esses animais”, diz Flory, acrescentando que também não pode deixar os animais irem embora porque vai contra a lei de proteção aos animais, sem contar que os mesmos dividem um pequeno espaço da casa de conjunto com a idosa. “Os animais terminam sofrendo também”, complementa, informando que a irmã já foi mordida pelos cachorros várias vezes.

Flory disse que mesmo depois de registrar os BO’s, nunca foi chamada para ter um desfecho desse problema que vem enfrentando há muitos anos. “E, agora, eu vou fazer o que para tentar resolver essa situação?”, questiona a cabeleireira.

Por fim, Flory conta que outra irmã sua já entrou em contato com várias Organizações Não Governamentais (ONGs), mas nunca lhe responderam. “O que a gente quer é a retirada dos animais da casa, pois minha irmã não tem condições de cuidar deles e nem mesmo dela”, finaliza.

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