Com equipes em campo e o apoio da aeronave do Batalhão de Operações Aéreas da Polícia Militar (BOPAER), o Corpo de Bombeiros estima que os últimos focos de incêndio que ainda resistem nas áreas montanhosas de Pavussu sejam completamente extintos até a noite desta quinta-feira (7).
Cerca de 50 pessoas participaram da operação, entre elas 20 brigadistas das cidades de Pavussu, Eliseu Martins e Pajeú do Piauí. O combate também contou com o apoio de um helicóptero da Polícia Militar, que ajudou no resfriamento da área usando água da Lagoa de Pavussu.
“O trabalho agora é garantir que o fogo não volte. Estamos resfriando pontos ainda quentes e monitorando toda a área”, explica Shandallyê Araújo, coordenador de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
A força-tarefa envolve bombeiros, brigadistas, colaboradores da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e o helicóptero da PM-PI, que tem atuado nas áreas de difícil acesso.
“Em operações como essa de Pavussu, é preciso ter toda a cautela na hora de se combater um fogo desta magnitude. Por algumas vezes, além do elemento fogo, nossas equipes têm que ter todo o treinamento para saber tomar a decisão correta, não só na hora de extinguir as chamas, mas principalmente ao decidir como fazer esse combate. Temos que saber que tipo de maquinário será melhor empregado e como o fogo se apresentará no decorrer do dia. Tendo em vista toda essa nossa experiência, juntamente com as equipes da PM, tudo que foi estrategicamente empregado naquele município está se concretizando. Com isso, acreditamos que até hoje à noite, os últimos focos serão debelados por completo e na quinta-feira, o fogo nesta região estará extinto”, afirmou o coronel Egídio Leite, comandante operacional do CBMEPI.
ÁREA ATINGIDA
O incêndio já destruiu cerca de 90 km² de vegetação nativa. Para reforçar o combate, as equipes também abriram aceiros, que são faixas de terra sem vegetação, para impedir que o fogo se espalhe novamente.
A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) está acompanhando a situação de perto. Auditores da pasta devem ir até a área atingida para verificar se havia autorização para queima controlada e se as regras foram seguidas.
“Só depois da vistoria técnica poderemos dizer se houve alguma irregularidade. Vamos avaliar tudo o que foi feito na área e os impactos causados. Se for confirmado o erro, as penalidades serão aplicadas”, explicou Renato Nogueira, gerente de fiscalização da Semarh.