A audiência de instrução e julgamento de Francisco Firmino de Assis foi agendada pela Justiça para o dia 10 de fevereiro. Ele é acusado de matar e furtar a ex-namorada, Maria de Jesus dos Santos, uma idosa de 73 anos, dentro da casa dela, localizada no bairro Parque Brasil III, zona Norte de Teresina. O crime ocorreu em 21 de outubro de 2024.
A INVESTIGAÇÃO
Segundo a investigação, Maria de Jesus foi estrangulada e amarrada no banheiro da residência. Após cometer o crime, Francisco roubou o carro, duas televisões e o celular da vítima. O veículo foi abandonado e encontrado no bairro Acarape, também na zona Norte de Teresina.
A suspeita inicial era de que o acusado teria vendido o automóvel. No entanto, ele foi recuperado e encaminhado ao Departamento de Roubo e Furto de Veículos do Piauí (DRFV). Nathália Figueiredo, delegada responsável pelo caso, informou que Francisco confessou o crime. Ele passará por uma audiência de custódia nesta quinta-feira (24) e permanecerá à disposição da Justiça.
Histórico de violência no relacionamento
Francisco Firmino e Maria de Jesus mantiveram um relacionamento por cerca de quatro meses. Familiares da vítima relataram que ela já havia sofrido agressões por parte do acusado.
Feminicídio sob investigação
A polícia considera a possibilidade de feminicídio, considerando o histórico de violência entre o casal. Familiares do suspeito relataram comportamentos suspeitos de Francisco, que dizia trabalhar como porteiro em um condomínio.
Antecedentes criminais do acusado
Francisco Firmino possui uma longa ficha criminal. Em 2015, ele foi preso por tentativa de homicídio contra sua filha, na época com 15 anos, após forçá-la a entrar em um carro e atirar contra ela, mesmo depois de a jovem ter conseguido escapar. Além disso, o acusado confessou ter abusado sexualmente da adolescente.
Com base na gravidade dos fatos e na periculosidade do réu, a Justiça decidiu pela manutenção da prisão preventiva. "Diante das peculiaridades constatadas, não me parece suficiente a aplicação de qualquer medida cautelar diversa da prisão, em virtude da periculosidade do agente. Ante o exposto, mantenho a prisão preventiva de Francisco Firmino de Assis, para fins de garantia da ordem pública", diz o documento.