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Moradores fecham via na zona Sul de Teresina e pedem justiça por morte de trabalhador vítima de assalto

João da Cruz morreu nesta quarta-feira (10) após ser assaltado ao retornar do trabalho. Um homem foi preso e um menor apreendido

População incendiou pneus em via pública | Foto: Reprodução
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Moradores do bairro Mário Covas, na zona Sul de Teresina, realizaram um protesto na noite desta quinta-feira (11), bloqueando uma via próxima à BR-316. A manifestação reuniu dezenas de pessoas que exigiam mais segurança na região. Entre os cartazes erguidos pelos moradores, um deles resumiu o sentimento da comunidade: “Queremos segurança, estamos esquecidos”.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve no local para organizar o trânsito e orientar os motoristas durante o bloqueio. De acordo com os manifestantes, o protesto ocorreu em resposta à morte de João da Cruz, morador da região que foi vítima de um assalto violento na noite de quarta-feira.

O QUE ACONTECEU?

João retornava do trabalho em sua motocicleta quando foi abordado por dois homens armados. Ele foi atingido por disparos durante o assalto, e um dos tiros perfurou o pulmão. Mesmo ferido, caiu ao chão e pediu ajuda aos moradores, dizendo: “Me leva para o hospital”. A vítima chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu aos ferimentos.

A moto roubada foi localizada horas depois em um matagal no km 7 da zona Sul. O corpo de João será trasladado ainda hoje para o município de Beneditinos, onde será velado e sepultado. Ele deixa uma filha de 11 anos, o que aumentou ainda mais a comoção entre vizinhos e familiares.

TRAGÉDIA 

Em entrevista à Rede Meio Norte, a esposa da vítima, Larissa, visivelmente abalada, afirmou ainda não acreditar no que aconteceu. Ela relatou que a polícia prometeu intensificar as buscas pelos suspeitos e fez um apelo emocionado por justiça e segurança para a comunidade.

Durante o protesto, moradores reforçaram que os assaltos se tornaram frequentes na região. 

A gente quer uma resposta, porque não aguenta mais. Nos últimos quatro dias foram oito assaltos na nossa área e ontem perdemos um amigo, um pai de família. Casas estão sendo invadidas e famílias feitas reféns. A gente não aguenta mais, desabafou um dos manifestantes.

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